
Estive, nesses últimos dias, ouvindo os dois ótimos álbuns da banda Wolfmother: o auto-intitulado e o Cosmic Egg. As audições deste último, junto com alguns assuntos recentes que tenho visto em fóruns e grupos de discussão me fizeram parar para pensar em muito do que é dito acerca da qualidade de arquivos – os desprezíveis mp3s, fantásticos FLACs e WAVs irrepreensíveis.
A busca por arquivos de resoluções cada vez mais altas é frequente, e isso se reflete na vasta quantidade de DACs que são lançados no mercado com a promessa de uma qualidade de som cada vez maior. Lembro, quando comecei nesse hobby, que o limite comum eram os 24bits/96kHz. Hoje, é comum que esses aparelhos sejam capazes de decodificar a escassa oferta de arquivos em 32bits/384kHz e a sensação do momento são os que também se entendem com o DSD, um sistema de modulação diferente do PCM (o comum em quase qualquer mídia digital), emprestado dos SACD. Para referência, o bom e velho CD está limitado a 16bits/44.1kHz.
Não vou entrar no mérito da audibilidade dessas maiores resoluções – apesar de, curiosamente, os 44.1kHz terem sido escolhidos precisamente por, pelo menos teoricamente, já cobrirem todo o espectro audível por um ser humano. Há muita informação disponível on-line sobre o assunto, mas esse também é um dos grandes debates que lidam com as golden ears. Não tenho uma opinião formada a respeito, mas é uma discussão interessante que, assim como muitos preceitos na audiofilia, merece atenção e uma boa dose de investigação e questionamento.
Talvez, nesse momento, você esteja se perguntando por que é que ouve diferenças muito evidentes entre arquivos de alta resolução e mp3s normais. Boa parte dos álbuns disponíveis em 24 ou 32 bits na verdade são extraídos de um disco de vinil (pelo menos os de artistas mais comuns – considerando gravadoras como Chesky ou sites como o HDTracks, a história é outra), usando um toca-discos, uma interface para captura, um ADC e um computador. Cada um desses equipamentos, assim como a própria mixagem frequentemente diferente do vinil, exerce influência sobre a sonoridade do que se ouve. Por isso a diferença é frequente. Preferir um ou outro, nesses casos, é questão de gosto e, acredito, tecnicamente não há vencedor.
Devo dizer que não consigo diferenciar, em meu sistema de fones pelo menos, um mp3 a 320kbps bem ripado não só de um FLAC comum a 16/44.1kHz, mas também de um a 24/96kHz. Já pude fazer um teste cego rápido, e constatei que os acertos foram pura sorte. Só fiz com uma música, mas mesmo que com outras eu consiga detectar uma diferença – o que duvido, visto que a que usei é um studio master da Linn Records –, só o fato de ela ser variável já constataria que a diferença é ínfima. Considero curioso que eu veja com tanta frequência entusiastas – num grande número de vezes bem menos experientes que eu e com equipamentos muito menos reveladores – relatem ouvir distinções claras entre esses tipos de arquivos. Adoraria convidá-los para um teste cego. Com um mp3 a 256kbps a história é outra, e consigo distinguir dois arquivos de uma boa gravação com alguma consistência num teste cego – apesar de considerar a diferença muito pequena.
E meu ponto está justamente aí: acho engraçado todo o alarde feito em cima de FLACs, mp3s e arquivos de alta resolução quando o que faz uma diferença real frequentemente fica esquecido: a qualidade da gravação e da mixagem. Voltando ao Wolfmother, gostaria de saber quem foi o indivíduo que mixou o Cosmic Egg, porque ele é uma atrocidade em termos de qualidade de som. Imagino que o técnico provavelmente tenha feito a mixagem usando monitores com o tweeter quebrado. Os agudos têm um pico insuportável, que acaba com os pratos da bateria e faz com que eles pareçam mais triângulos. Ouvir com o HiFiMAN HE500 e o JH Audio JH13Pro me incomoda muito, e sabe-se lá o que aconteceria com um Sennheiser HD700. Provavelmente seria pura tortura. O mesmo acontece com o Walk on The Wild Side, do Lou Reed. É um álbum mixado violentamente em V, o que traz, como já disse na avaliação do JVC FX700, grandes problemas no realismo dos timbres representados e, de quebra, muita fadiga auditiva.
Tudo isso, aliás, não levando em conta a já famosa Loudness War – a busca por um volume e um nível de compressão mais altos, que acabam com a dinâmica (variação entre passagens mais baixas e mais altas de uma música), matando assim não só o respiro, o arejamento e o palco sonoro, mas também muitas vezes a emoção da música, que se torna cansativa e, frequentemente, agressiva. Comparem uma boa gravação de rock, como o Dark Side of The Moon, com o Death Magnetic do Metallica ou o Californication do Red Hot Chili Peppers.
Do outro lado da moeda, temos álbuns fantásticos nesses aspectos – me lembro imediatamente do espetacular Bare Bones, da Madeleine Peyroux, que parece embutir válvulas nos sistemas mais frios e estéreis, do magnificamente claro, transparente e espacial Quiet Nights da Diana Krall, do deliciosamente íntimo Smother do Wild Beasts, ou do cru e direto Dirt Floor, de Chris Whitley. Sem contar, é claro, as gravações de referência como as da Chesky Records, Deutsche Grammophon e a já mencionada Linn Records. São gravadoras que colocam o realismo à frente de qualquer coisa. Em alguns casos, chegam a usar apenas um microfone para capturar uma performance ao vivo numa sala cuidadosamente escolhida. Assim, toda a informação espacial da gravação é capturada.
Não estou dizendo, obviamente, que devemos parar de escutar aquilo que não foi bem gravado e procurar apenas gravações de referência. Já li esse absurdo, o que para mim é uma subversão do hobby. Também não estou dizendo que não devemos mais baixar nada acima de um mp3 a 320kbps, apesar de não ouvir diferença e de ter dúvidas sobre quando dizem ouvir claramente. Eu mesmo escolho FLAC quando possível, mas puramente por desencargo de consciência e por ter bastante espaço disponível.
A questão é que acho interessante que haja um foco tão grande nos números indicativos da resolução quando o que realmente importa não está ali. Para mim, se trata de mais um caso da coisa que é posta totalmente fora de proporção pelos entusiastas – muito parecido com quando leio que, num sistema realmente high-end, há pouca diferença entre um SR-009 e um HD800 (e de alguma forma a diferença entre dois cabos não é). Isso considerando que existe uma proporção em primeiro lugar, o que talvez não seja verdade.
O que quero dizer para o leitor é para ele relaxar e não se importar tanto com isso. Mesmo se houver benefícios audíveis nos números cada vez maiores, não é preciso muita coisa para se ter uma audição extremamente prazerosa, ouvindo 90% do que a gravação pode oferecer, em seu próprio sistema. O segredo não está nos números, está no que aconteceu no estúdio antes deles. Considerando a qualidade do que ouço, tendo que escolher entre a Sundial a 9 trilhões de kHz e a Our Lady of Pigale em mp3 a 256kbps, não vou nem pensar duas vezes.
42 Comments
Melro
07/06/2013 at 22:01Pau que nasce torto morre torto. Essa metáfora se aplica maravilhosamente bem ao tema do artigo; certeza que uma gravação mal feita nem “9 trilhões de Khz” dá jeito. Porém, em uma boa gravação, a coisa muda de figura, na minha opinião. Por exemplo, ao ouvir o álbum Relayer do Yes (conheço de cor cada segundo do álbum, ele acompanha minhas audições desde que me entendo por gente haha) em 24bits/96kHz, percebi uma melhora (apesar de meus humildes sets) em relação ao padrão 16/44.1kHz. Não foram épicas, mas me proporcionaram um prazer auditivo considerável. Por outro lado, pode ser também que eu esteja sendo enganado mais uma vez pelos meus sentidos. Mas sendo enganado ou não, o fato é que um objetivo maior foi alcançado: desfrutar com muita felicidade “minhas” músicas com a maior fidelidade possível. Com 9 trilhões de Khz ou não.
mindtheheadphone
07/06/2013 at 22:31Com certeza, Melro!
Pablo
07/06/2013 at 22:26Uma coleção em 16/44khs e um TDA1541. Be happy!
mindtheheadphone
07/06/2013 at 22:31Exato, Pablo! Concordo!
Ariel C Sampaio
07/06/2013 at 23:24Perfeito. Defendo a tempos que o resultado final depende muito da gravaçao/finalizaçao. Abraço.
mindtheheadphone
09/06/2013 at 19:39Obrigado, Ariel!
Vander
10/06/2013 at 15:12Olá, primeiro quero parabenizá-lo pelo blog.
Não sou audiófilo, mas gosto muito de música.
e por isso gostaria de saber sua opinião sobre alguns modelos de fone, dentre eles: AKG K 414p, NOKIA BH-905i, Harman Kardon NC Noise-Cancelling Headphones with Mic (Black).
Desde já obrigado pela atenção.
mindtheheadphone
10/06/2013 at 20:09Muito obrigado, Vander!
Infelizmente nunca ouvi o Nokia ou o HK, então infelizmente não vou poder dar meu parecer sobre eles. O AKG, no entanto, é um bom fone. Outra ótima opção nessa faixa de preço é o Koss Porta Pro.
Um abraço!
Cássio
21/06/2013 at 13:20Pode-se fazer uma comparação com filmes. A qualidade um filme gravado com câmeras de má qualidade, com iluminação e efeitos ruins será ruim em 720p, 1080p, 4k, 8k… É claro que a qualidade dos aparelhos de reprodução vão interferir no resultado final, mas, como você disse, o que acontece antes do CD\DVD é muito mais importante. Nada no mundo irá transformar a água no vinho. Abraço.
mindtheheadphone
21/06/2013 at 20:02Cássio, bela analogia! Não tinha pensado nela e é muito válida. A única diferença é que, no caso dos vídeos, a diferença é muito mais evidente!
Um abraço!
Gustavo Jungmann Vieira
27/06/2013 at 07:11Adoro flacs ripados de gravações mofi(mobile fidelity labs)
Pra mim o melhor darkside of the moon de todos.
Tenho o vinil flac desse álbum com 96khz e uns 4000 kbps pra mim é como se o som fosse de seda.
Agora realmente comparar flac com mp3 de 320kbps em 44.1khz fica mais difícil porque praticamente não tem diferença a não ser pra quem tem ouvidos de morcego rsrs.
Eu confesso que acho os flacs mais naturais ou seria placebo?
Outra também é que segundo dizem os ogg são muuuuito melhores que os mp3 ou aff segundo meu amigo que é entendido é o melhor lossy afinal é da mesma criadora do flac!
mindtheheadphone
27/06/2013 at 12:01Como disse no artigo, o que faz diferença nos FLACs da Mobile Fidelity Labs não é o formato do arquivo – é a qualidade da gravação da MOFI.
Só fique atento quanto ao uso do termo vinil – você não tem o vinil FLAC, isso não existe. Vinil é um formato de mídia e o FLAC de arquivo, sendo impossível combinar os dois. O que você poderia dizer é que tem um FLAC proveniente da extração e digitalização do áudio de um disco de vinil. O que, possivelmente, não é o caso. Os arquivos de gravações com pretensões audiófilas em alta resolução não são provenientes da extração de um disco, porque nesse caso há muitas perdas e a fidelidade estaria prejudicada. Esses arquivos em alta costumam vir da master tape, mas ao invés de ela ser convertida para 44.1kHZ, o é para 96kHz.
Quanto a ouvidos de morcego… isso não existe! Existem ouvidos mais treinados, mas desconfie muito das habilidades que se vê por aí.
Acredito que vc ache os FLACs melhores porque está ouvindo gravações melhores. Se está falando de uma comparação da mesma gravação em FLAC e MP3 (sem contar remasterizações, é lógico), acredito fortemente que é placebo. Faça um teste cego com o Foobar e veja você mesmo!
Sobre os ogg, já fiz testes rápidos e não ouvi nada significativo. Mas sendo um arquivo lossy, como o MP3, não vejo como possa ser tão superior assim, pelo menos se estivermos falando de 320 ou 256kbps. O FLAC é melhor porque não tem perdas. A economia de espaço não vem de um corte de frequências – o que acontece nos arquivos lossy –, e sim de uma compressão no estilo do .zip!
Bruno Alencar
23/09/2013 at 19:41Cheguei a esse site por um critica (negativa) do Beats Solo HD* e gostei bastante do site e dos artigos. Ouço musica direto entao vou me divertir lendo os artigos do site. parabens pelo site.
* ( vi uma promocao deles por r$ 640 aqui no Brasil e quase comprei mas desisti quando vi seu texto. estava a procura de um fone de ouvido bom e confortavel pra uso diario , para ir pro trabalho, andar no bairro essas coisas hehe )
mindtheheadphone
24/09/2013 at 15:32Que bom que vc foi salvo, Bruno!
Com esse orçamento, existem algumas opções muito boas. Uma delas é essa aqui: http://www.netshoes.com.br/produto/918-0003-138-01?campaign=c*lp_t*gglepqcmp_x*u_i*_ct*_tm*_m*_r*_p*&cm_mmc=lp_ggle-_-pla__tcb_pqcmp__-_-txt-_-_var_links____&conv_source=SEM&gclid=CJqV-8ms5LkCFcFj7AodByMAmg
Um abraço!
Lidson Mendes
04/12/2013 at 13:44Lendo novamente o artigo fico refletindo no meu caso.
Tenho milhares de músicas em FLAC, Apple Lossless e muita coisa extraída de Vinil.
Tenho uns dois álbuns do Alice in Chains e do AC/DC ripados de vinil de gravadoras diferentes, da Universal e da Sony e escutando seja com o Merlin ou o HE-300 eu não escuto diferença nenhuma.
Não consigo escutar diferença de mp3 320k para FLAC, estou pensando seriamente em converter tudo para mp3. Devido ao espaço gigantesco que esses FLAC’s e Vinil ripados ocupam e também a facilidade do mp3.
Eu também vivia nessa vibe de baixar arquivos com suposta qualidade “superior”, porém fica muito subjetiva essa qualidade audível.
Então por minha conta em risco, estou pensando seriamente nessa questão.
OBS: Meu ouvidos não estão entupidos com cera.
mindtheheadphone
05/12/2013 at 11:14Pois é, Lidson!
Assim, eu não tenho carência de espaço e por isso prefiro ter FLAC e ALAC, mas é muito mais por desencargo de consciência do que qualquer outra coisa. Mas se eu tivesse espaço limitado, preferiria manter minha coleção inteira em mp3 320kbps do que ter que selecionar o que prefiro e ter em FLAC!
Um abração!
Hermes
14/01/2015 at 12:06Cheguei nesse site através de um artigo no gizmodo, fazia um mês que procurava um bom artigo sobre headphones e afins, esse site está de parabéns.
Eu não conheço os detalhes técnicos sobre FLAC e mp3 mas conheço sobre as diferenças e tal. Escuto muito o álbum “Right Thoughts, Right Words, Right Action” do Franz Ferdinand tanto em FLAC quanto em mp3 e bem, as diferenças são gritantes. Até hoje acho também os álbuns do “White Stripes” muito bem gravados. ( Não sei se a preferência do Jack White em usar somente aparelhos antigos influenciam).
Enfim, eu tenho uma dúvida, estou em busca de um headphone, quase caí no pecado de comprar esses fones “7.1” do mercado, mas sei que qualidade passa é longe desse tipo de fone, mas eu prefiro muito mais conforto em um headphone, já tive problema com esse revestimento em couro de alguns headphones e por isso que optei atualmente por um SHP 2000/10 da Phillips,um fone bem LOW pros padrões, você poderia me indicar uns fones com esse tipo de revestimento ? Em espuma no caso. (até uns R$400, vi o Sennheiser 600 mas queria saber se tem outros bons pelo mercado.)
mindtheheadphone
15/01/2015 at 12:23Olá Hermes, muito obrigado!
Olha, na realidade as diferenças entre um mp3 bem codificado a 320kbps e um FLAC são basicamente indetectáveis. Agora mesmo estou realizando um teste com algumas pessoas num grupo no Facebook e algumas pessoas que consideravam mp3 “inaudível” se surpreenderam e também não conseguiram identificar diferenças.
Sobre o fone, acho que o HD600 é uma das melhores opções do mercado, mas infelizmente custa 400 dólares! Sobre o couro, vc teve problemas com couro mesmo ou com aquele revestimento de plástico que imita couro? Pergunto porque nessa faixa de preço existem algumas excelentes opções, mas acho que todas usam couro… mas é de boa qualidade, e não acho que vc vá ter problemas. Há os Philips Citiscape Downtown e Uptown e também os Superlux. São ótimos fones de ouvido, recomendados nessa faixa de preço. Outra opção é o Audio-Technica ATH-M50, que é difícil de achar à venda em lojas por aqui mas aparece usado com alguma regularidade nos classificados do nosso fórum ou nos do HTForum por mais ou menos esse preço. É um excelente fone também!
Um abraço!
Haroldo Silva
11/02/2015 at 15:50mindtheheadphone vc, me libertou do mundo pesado do FLAC eu acho incrivel seu conhecimento eu tava pirado tava com pastas no pc de 80gb de audio e quando eu ia olhar a pasta tinha apenas alguns álbuns pouca coisa e tanto espaço eu fiz um mod no meu ipod eu arranquei o hd dele que é inutil lento, e coloquei um ssd nele de 128gb
e ai veio meu maior poblema apple nao roda flac ai eu tinha que converter tudo para apple lossless eu tava tao neurotico que eu troquei o firmware da apple e coloquei rockbox só para poder ouvir flac puro…no ipod classic
Hoje lendo seu topico cara é apenas um placebo o flac pois é puramente sorte saber o que é flac e um mp3. realmente um mp3 bem ripado é o suficiente para nos humanos mais ainda meu cachorro prefere flac..kkkk (risos) cara sou fã do site e muito sucesso pra vc!!! um grande abraço.
OBS***1 qual programa vc me recomenda converter os flac para mp3 de alta qualidade
uso atualmente o (soundforge com codec sony MpegLayer3 filters)
OBS***2 sou o cara chato dos Yuin PK1 ainda compro esses fones
Mind The Headphone
12/02/2015 at 15:12Obrigado, Haroldo!
Pois é, inclusive recentemente fiz um teste e pude ver que a conversão para mp3 a 320kbps só faz um corte de frequências acima de 19kHz. Não é toda música que tem informação nessa faixa, e poucas pessoas acima de 20 e poucos anos conseguem ouvir frequências tão altas. Por isso, hoje sou feliz com meus mp3 a 320kbps, apesar de ainda ter bastante arquivos em FLAC por desencargo de consciência!
Para converter uso o XLossless Decoder, mas uso Mac.
Um abraço!
Haroldo Silva
12/02/2015 at 16:00ok amigo obrigado mais uma leitura adicional veja se pode contribuir para seu site http://soundexpert.org/encoders-320-kbps
Gustavo
06/03/2015 at 20:21O melhor encoder gratuito para conversão para MP3 acredito ser o LAME. Existe um programa para Windows que o utiliza, o winLAME. Basta selecionar os arquivos e ir prosseguindo, e quando aparecer a “Preset List”, escolha “Archiving: Best Quality” (que é em 16 bits e 44.1kHz). Depois tente comprar o resultado com o arquivo original. Impossível notar diferença! Tenho dois DAC 24 Bits, 96 kHz (um Fiio E10 e outro S.M.S.L M2) e Sennheiser HD 598, além do JBL Synchros S500 e Takstar HD6000. Não noto diferença. E peguei arquivos em sites que disponibilizam gratuitamente a mesma gravação feita em vários formatos, resoluções e frequências. Pego as mais altas, faço conversão no termos propostos acima, e não percebo a diferença.
Mind The Headphone
13/03/2015 at 12:45Olá, Gustavo!
Também uso o LAME, mas como uso Mac, ele está presente no XLosslessDecoder. E, de fato, não noto diferença entre um bom mp3 a 320kbps e um lossless.
Um abraço!
Gledson Junior
23/03/2015 at 14:08Passei pelo mesmo problema com wolfmother, mas fui procurar outra fonte do álbum e consegui uma melhor na qual a mixagem estava perfeita, na verdade talvez o problema tenha sido no encoding, eu chegueiba achar que os tweeters do meu som estavam com problema e tomei aquele susto. Mas testei nos fones e o problema permaneceu, dai fui buscar um enconding diferente e estava td OK.
Mind The Headphone
24/03/2015 at 23:12Gledson, você tem razão! Acabei de ouvir no Spotify e de fato está outra coisa! Vou até fazer uma alteração no artigo assim que tiver tempo. Muito obrigado pelo comentário!
Bruno B. Silva
24/08/2015 at 23:27Eu sei que o artigo já tem certa idade e que talvez você nem o responda mais, mas no entanto, minha dúvida é essa:
Entre o MP3 CBR 320kbps e o VBR V0, você já teve a oportunidade de testar a ambos e perceber alguma diferença significativa?
Mind The Headphone
25/08/2015 at 13:19Olá, Bruno!
Não fiz testes criteriosos com VBR, acho que por ter um pouco de medo dessa coisa de “variável”, principalmente devido à minha experiência com o pavoroso joint stereo. Mas não sei! Desculpe por não poder ajudar.
Um abraço!
renato santos
22/09/2015 at 23:31ola, uma duvida: quais DACs com amplificadores para ouvir música em notebook você indica que tenha USB 32 bits/384Khz por faixa de preço até R$ 2200 (as principais), uma vez que os DAC/amp da FiiO são apenas 24bits USB ??? t+
Mind The Headphone
26/09/2015 at 12:44Olá Renato,
Por que vc está preocupado com áudio 32Bits/384kHz? Sinceramente, não há motivo algum pra isso. Procure um bom DAC, qualquer que seja, independente dos formatos de arquivo que ele lê. Faz muito mais sentido um bom DAC bem projetado limitado a 16/44.1, como alguns DACs “vintage”, do que um medíocre que lê DSD e DXD.
Eu, inclusive, não ouço diferença alguma em arquivos de alta resolução (desde que apresentem a mesma mixagem/masterização).
Um abraço!
Daniel Carlos
03/02/2018 at 14:07E aí Leonardo tudo bem? Baixei 2 albuns em flac, o primeiro da banda RUSH, e notei que a música estava mais viva, o baixo do Geddy Lee estava mais presente, a guitarra e bateria estavam excelente relação ao mp3 de 128kbps . O outro album era da banda Queens Of The Stone Age, e percebi pouca diferença em relação ao arquivo mp3 que tinha, notei apenas mais sons de guitarra e teclado que estavam desaparecidos no mp3 de 128kbps . Depois ouvi as musixas arquivo em 320kbps e ouvi pouquíssima diferença em relação ao Flac. Eu achava que era por causa do fone de 30 reais que tenho, mas vi que até vc que tem experiência e equipamentos de ponta não vê diferença. Agora vamos aos Dacs.
Um dac faz a música melhorar muito? um arquivo em 128kbps vai da uma melhorada na música um Dac ? Em sites de reviews as pessoas dizem que o dac transforma a música, mesmo um fiio k1 de 40 dolares vai tazer “vida a música” como eles dizem. Isso realmente acontece? Eu sei que não é o foco, mas vc poderia trazer informações sobre home theater?
E parabéns pelo gosto musical. O Wolfmother era uma grande promessa do rock.O primeiro disco é sensacional. A formação ainda era a original. Ai a banda começou a fazer sucesso e o ego do vocalista atrapalhou a banda. Wolfmother era para ser “a banda” dessa geração
Desculpe o texto gigante rsrs
Leonardo Drummond
05/02/2018 at 11:12Oi, Daniel!
Veja que quando falo sobre a diferença entre FLAC e mp3, é sempre contando que o mp3 está a 320kbps. Nesse caso, não ouço nenhuma diferença pra FLAC, e posso apostar que vc também não conseguiria diferenciar os dois arquivos num teste cego.
Em qualquer coisa abaixo de 320kbps a diferença é notável – e comparando com um mp3 a 128kbps a diferença é dramática. Esse tipo de arquivo eu não consigo escutar. Tudo fica mais embolado, há um corte violento nos agudos e graves e o resultado geral é muito ruim.
Com relação ao DAC, a coisa é muito complexa… resumidamente, acho o seguinte: dependendo da qualidade da sua fonte, um DAC externo (e veja que se vc está usando um DAC externo, também vai precisar de um amplificador – eles podem estar num mesmo equipamento, como num FiiO K1, ou separados) pode fazer pouquíssima ou nenhuma diferença audível. Mas pode fazer bastante diferença também, se vc tiver, por exemplo, um celular mais simples ou uma placa de som integrada de baixa qualidade, por exemplo. Aí, um DAC vai ser bom. Mas a diferença entre um DAC muito simples e um DAC muito sofisticado pode ser risível.
Essa parte é bem difícil. Recomendo que vc dê uma lida no Guia MIND THE HEADPHONE 🙂
Daniel Carlos
05/02/2018 at 19:15Então um arquivo com 320kbps, e um bom fone de ouvido, já vai ser o suficiente para ter uma boa experiência??
Leonardo Drummond
07/02/2018 at 19:20Certamente, Daniel. Eu hoje em dia só ouço o Google Music @320kbps em meu sistema. Agora, com relação a amplificação, o HD650 já é mais chatinho, então vale a pena pegar um conjunto de DAC/amplificador, mesmo que seja simples.
Daniel Carlos
09/02/2018 at 20:29Leonardo um amplificador pode interferir na qualidade do som do fone de ouvido? Um amplificador mais caro, de uns 500 dolares, vai ser melhor que um amplificador de 50 dólares?Ou o preço pouco importa, por que a função vai ser a mesma? E vc conhece a marca Marantz? vc sabe dizer se ela é boa?
Leonardo Drummond
13/02/2018 at 12:07Pode interferir sim Daniel, mas em minha opinião é uma interferência muito menor do que boa parte dos relatos na internet te fariam crer. Um mais caro pode sim ser melhor, mas é MUITO difícil prever o que vc vai achar dessa diferença, pra que direção ela vai e como vc vai ver a relação custo-benefício do mais caro.
Conheço sim a Marantz. Ela é boa, mas entrou apenas recentemente no mercado de fones. Acho que existem muitas outras opções que podem ser mais interessantes pro seu caso!
Daniel Carlos
13/02/2018 at 16:33Encontrei no mercado livre o Marantz HD-Dac1 que é dac/amp junto e eu estava pensando em pegar ele. Ele custa entre 3 e 4 mil reais. A esse preço, o Marantz é interessante para o Sennheiser 650? Ou ele é um amplificador para fones tipo sennheiser hd 800? . E cabo faz alguma diferença?
E só mais uma perguntinha sobre amplificador. Eles tem uma mesma assinatura sonora? ou tipo, tem um que é mais neutro e outro que tem mais grave? se o Marantz não for ideal para o hd 650, me indica um dac/amp que casaria perfeito com ele com o preço de 4 mil.
Leonardo Drummond
14/02/2018 at 11:19Daniel, em primeiro lugar, se vc quer neutralidade, vai no HD600. Agora, sinceramente, acho o Marantz muito overkill pra um HD600/HD650. Não é que esse amplificador seja pra fones tipo um HD800… ele vai funcionar muito bem com o HD600. O problema é que vc vai estar gastando R$4 mil no que é responsável por sei lá, 10% do resultado do que vc ouve e R$1.500 no que é responsável por 90%, entendeu?
Pra esses fones, um combo Schiit Vali + Schiit Modi já vão ser fantásticos. Com o que sobrar do seu orçamento, vc pode pegar um excelente fone complementar – dependendo do que vc ouve, algo como um AKG K701 ou um Grado SR80e, por exemplo. Como sei que vc gosta de rock, o Grado pra mim seria uma adição fundamental ao teu sistema.
Daniel Carlos
14/02/2018 at 16:30Obrigado pela sugestão Leonardo.
Jimmy Page
22/02/2018 at 11:00Olá Leonardo tudo bem? Como ouvir os 90% da gravação que vc diz no texto? É um conjunto de equipamentos? Tipo um dac, um vinil e um fone? E vc ja ouviu um audio MQA?
Leonardo Drummond
26/02/2018 at 09:45Jimmy, o que quero dizer aí no final do texto é pra não se preocupar tanto assim com o formato dos arquivos – um serviço comum de streaming configurado com a qualidade alta (@320kbps, ou seja, não precisa nem ser um Tidal) já vai te trazer, em termos de qualidade de arquivo, basicamente tudo o que vc precisa.
Mas veja que isso não tem nada a ver com a qualidade da gravação, que é algo que abordo no texto. Isso é o que foi feito em estúdio, e depois de pronto não há muito o que fazer. É decisão dos artistas, estúdio, etc. Serviços de streaming não têm nada a ver com isso.
Foque num bom sistema (boa fonte e amplificação e um bom fone – obs: um DAC não pode ser usado com um vinil, como vc disse!) e pronto, não precisa dessa neurose em cima de FLAC e lossless que vejo por aí.
Por último, nunca cheguei a ouvir o MQA, mas pelo que já li, dá pra simplesmente considerar como um arquivo de qualidade um pouco mais alta que mp3 @320kbps – ou seja, pra vasta maioria dos casos, não trará benefícios audíveis.
Bernardo Cândido
28/07/2018 at 20:29Olá Leonardo,
Primeiramente parabéns pelo seu trabalho. Inspira muita gente e clareia o caminho dos amantes da música.
Gostaria que, se possível, me auxiliasse.
Atualmente utilizo seguinte sistema de som:
TIDAL Hi-Fi > player Audirvana 3+ (Macbook Pro) > Fiio K1 > PSB M4U 2
Entretanto, lendo seu artigo estou pensando seriamente em mudar para o Spotify. Dessa forma, minhas músicas passariam a ser reproduzidas através do player de desktop do mesmo. No celular uso o USB Audio Player Pro (UAPP) pra rodar o TIDAL, que também faz o bypass do DAC do meu S8 para o K1. Mas passando pro Spotify o app não tem integração.
Acha que vale a pena trocar de streaming service?
Um player de músicas Hires, como o AUDIRVANA e UAPP, faz muita diferença na qualidade final?
E qual é o um DAC/amp portátil que indica pra futuro upgrade? Audioquest Dragonfly Red, Meridian Explorer2, etc?
Desde já sou grato pela atenção e presteza.
Att,
Bernardo
Leonardo Drummond
01/08/2018 at 18:36Já te respondi pelo YT 🙂