Unique Melody Mentor

Nota: nessa avaliação, não tive como evitar inúmeras referências ao que era meu antigo in-ear customizado de referência, o JH13 Pro, que tive por muito tempo e avaliei. É necessário ter em mente que minha versão não era das mais atuais, equipadas com a tecnologia Freqphase. Portanto, minhas impressões aqui não dizem respeito à versão atual do JH13 Pro.

 

INTRODUÇÃO

IMG_6363Os que leram minha última postagem – e os que acompanham o fórum – sabem que estou tendo algumas semanas um tanto interessantes: Além de finalmente ter recebido meu JH Audio Roxanne, estou passando um tempo com o novo topo de linha da Unique Melody, o Mentor. Trata-se de um intra-auricular de dez armaduras balanceadas por ouvido: quatro para graves, duas específicas para médios, duas para médios e agudos e duas específicas para agudos, coordenadas por um crossover de 4 vias. Ele pode vir tanto numa versão universal, que sai a R$3.375 reais, quando numa customizada, por R$4.100.

Não é mistério que eu (e praticamente toda a comunidade audiófila) sou fã de monitores customizados devido ao altíssimo nível de desempenho que pode ser obtido deles, sem a necessidade de equipamentos associados impressionantes e a um custo relativamente acessível – se comparado a fones full-size.

Em compensação, não fico tão convencido com universais nessa faixa de preço. Afinal, nenhum fone desse tipo que ouvi teve poucas falhas, e já ouvi muitos. O Sennheiser IE800, para os que não leram a avaliação que publiquei, me deixou um pouco desapontado e convencido de que ele não valia o valor pedido. Quando tinha o JH13 Pro, achava que ele valia cada centavo. O JH5 Pro que ouvi não foi diferente.

Vale lembrar, também, que parece um consenso que monitores universais não conseguem atingir o desempenho de seus irmãos personalizados – ainda que estejamos falando dos mesmos componentes, parece que a organização deles pode ser mais trabalhada na versão sob medida.

Por isso, confesso que eu estava muito curioso para ver como se comportava esse universal monstro de 10 alto-falantes por ouvido.

 

ASPECTOS FÍSICOS

Desnecessário dizer que não posso falar muito sobre a versão customizada do Mentor – tanto por não ter acesso a ela quanto pelo fato de isso depender do cliente. O que posso dizer é que fiquei muito impressionado com os customs da UM que já vi. O acabamento em geral é muito bom, e a qualidade da arte das faceplates é fantástica. Eles possuem, inclusive, inserts que, se não são realmente de metal, parecem muito.

IMG_6372Quanto ao universal, não me impressionei tanto. Achei que o acrílico, da maneira usada, transmite um aspecto consideravelmente simples, e o cabo não ajuda. Ele é inteiro em quatro condutores, o que é bom (já que o Mentor pode se tornar balanceado apenas com uma reterminação do cabo original), mas não há nem um divisor Y propriamente dito – apenas um tubinho de plástico termoretrátil. Ninguém vai imaginar que você está andando com mais de 3 mil reais no ouvido, pode ter certeza. Mas, pensando bem, isso no Rio de Janeiro é muito positivo.

Em compensação, gosto da qualidade do logo da UM impresso no faceplate – é o tipo da coisa com a qual a JH Audio só pode sonhar – e do bocal de metal. Mas a grande redenção vem no conforto. Estou tendo alguns problemas de encaixe com o Roxanne, e colocar o Mentor depois é um alívio sem tamanho. Ele é excepcionalmente confortável, principalmente com as ponteiras de espuma da Comply. Parece que não tenho nada nos ouvidos. O encaixe é superficial, e consequentemente o isolamento não é dos maiores, mas algo que eu troco pelo maior conforto quantas vezes forem necessárias. Sei, porém, que alguns prefeririam se isolar ainda mais do mundo exterior.

A embalagem é bem interessante, e parece trazer alguns conceitos da Apple. É muito simples e compacta (diferente das mais antigas, que eram complexas e luxuosas), mas ao mesmo tempo completa. Há uma caixinha com cinco pares de ponteiras de borracha, três de espuma, uma pequena flanela para limpeza e uma plaquinha com o número de série, a data de fabricação e o tempo de garantia. Embaixo, vemos a caixinha para transporte. É um cilindro de metal bem espesso, que certamente aguentaria um caminhão passando por cima. Gostei muito.

 

O SOM

Minha primeira impressão com o Mentor é que ele não apresenta uma sonoridade radicalmente diferente da do JH13 Pro. O equilíbrio tonal é parecido, apesar de a apresentação ser mais aberta e ele e parecer um pouco mais contido. Ou seja: temos aqui uma sonoridade típica de monitores profissionais, cheia, energética e adequada a qualquer gênero musica.

Começando pelos graves: em termos de presença, definitivamente não tenho do que falar. O Mentor atinge o equilíbrio perfeito entre naturalidade e divertimento. Não é um fone com graves pesados e nem com graves leves. Realmente não tenho o que dizer.  Nesse quesito, não consigo não me lembrar do JH13 Pro – os dois são realmente parecidos. No entanto, vale dizer que aqueles que estiverem buscando o desempenho do JH16 Pro não devem olhar para o Mentor. Os graves estão, na minha opinião, no ponto, e não além dele

IMG_6378Quanto à qualidade, mais uma vez só tenho elogios. Há autoridade, peso e vigor, mas sem qualquer efeito colateral na texturização e definição, que são excelentes. Há uma belíssima combinação entre definição e gordura. A extensão é típica de múltiplos BAs, ou seja, excelente. As oitavas mais baixas são atingidas sem dificuldades.

Nos médios, as diferenças em relação ao JH13 começam a aparecer. O Unique Melody parece estar mais focado em frequências médias um pouco acima do foco do JH13 Pro. O efeito é simples: este soa mais fechado, com mais corpo, e aquele mais aberto e arejado. Escolher entre uma interpretação e outra é, em minha opinião, questão de gosto.

Acho que o JH13 é mais adequado para rock, já que há mais punch, mas em gêneros que se beneficiem de uma apresentação mais aberta, o Mentor certamente será mais indicado. Isso não significa que ele não seja bom para rock – muito pelo contrário. Ainda tenho o efeito sensacional da “parede de som” que o JH13 Pro e o Merlin me fornecem. Nesse gênero, isso é absolutamente incrível. Uma banda da qual gosto muito, Chevelle, lançou recentemente um novo single, Take Out The Gunman. Ouvir toda a energia e o impacto do Mentor no refrão mostra bem o que quero dizer: é realmente sensacional.

Uma das coisas que mais me impressionava no JH13 Pro era a dinâmica – a capacidade de mostrar sons muito pequenos e tímidos e enormes paredes quando necessário, com toda a variação de tamanho que isso implica. Ou seja, sem falsa expansão ou indevida compressão. Os tamanhos parecem reais e dependentes da música. O Mentor não fica para trás e é capaz de me impressionar da mesma forma.

O que mais me encanta, no entanto, é que, ao mesmo tempo, há uma grande doçura no que esse fone me mostra nos médios… não sei explicar, mas é uma característica de certa forma aveludada, que faz com que vozes (femininas, em particular) fiquem extremamente sedutoras quando são o centro das atenções. Mais uma vez, o Mentor encanta pela combinação: mas aqui, é de suavidade e transparência.

Por falar em transparência, nesse quesito, o Mentor é extremamente competente. Uma das coisas que estava começando a me incomodar no JH13 Pro – e que me fez partir para o Roxanne – foi justamente sentir falta da última gota de transparência e resolução. Esses aspectos não eram ruins, longe disso, mas nos últimos tempos comecei a ficar mais ciente das suas limitações. O Mentor é consideravelmente mais capaz que o JH13 Pro nessas características. A sonoridade é mais transparente, e quem também sai ganhando é o detalhamento. Me lembro do JH Audio ser um pouco mais borrado, de certa forma.

IMG_6385Entretanto, isso não significa que a espacialidade seja particularmente impressionante. Ela é boa, e o Mentor possui grande precisão no posicionamento dos instrumentos. Ao mesmo tempo, in-ears simplesmente não são capazes de mostrar um espaço particularmente grande, com sons vindo de fora da cabeça, e o Mentor não é diferente. Esse tipo de fone simplesmente não é capaz de projetar uma imagem expansiva e convincente.

Uma outra questão que me incomoda um pouco é algo que, após algum tempo, comecei a identificar como característica intrínseca às armaduras balanceadas. Todos os fones que já ouvi que utilizam essa tecnologia parecem apresentar um timbre levemente plástico nos médios… é algo que não consigo explicar bem, mas a sensação é essa, de que não é algo totalmente orgânico. O único fone com BAs que não me apresentou essa característica até hoje foi o Roxanne. Vale observar, no entanto, que não é uma característica que incomode muito. É uma coisa muito sutil, com a qual me acostumo em pouco tempo, e praticamente paro de ouvir.

Estranhamente, o melhor do Mentor, na minha opinião, não vem nem nos graves e nem nos médios, e sim nos agudos. Mais uma vez, a palavra que me vem à cabeça é combinação: nesse caso, de doçura e definição. Poucas vezes vi fones que são capazes de aliar tamanha sedução e transparência no desempenho nos agudos. Não tenho medo em afirmar que os agudos do Mentor estão, provavelmente, entre os cinco melhores que já ouvi até hoje. Possuem corpo, timbre, definição, transparência, extensão e imensa doçura. Com gravações que favorecem essa característica, como bons álbuns de jazz, fico realmente encantado com o que ouço do Mentor.

 

CONCLUSÕES

IMG_6373Estou seriamente impressionado com o que ouvi do Mentor. Acho que ficou bem claro que o JH13 Pro perdeu a coroa. A questão é que o topo de linha da Unique Melody não oferece nada radicalmente diferente, mas parece trazer pequenos refinamentos em inúmeras áreas. Ele pega o que tanto gosto no JH13 Pro e melhora um pouco.

A única parte em que isso não é tão simples, e esbarra numa questão de preferência, é nos médios. Eles são mais abertos e mais focados em regiões um pouco mais altas – isso pode ser desejável para alguns, mas indesejável para outros. Mas nos graves, nos agudos e em questões como transparência e resolução, realmente considero o Mentor superior. Isso fica ainda mais impressionante quando penso que estou ouvindo uma versão universal, que pode ser compartilhada e revendida e é excepcionalmente confortável.

Portanto, não tenho receios em esquecer o aspecto simplório, por bons motivos: estamos falando não só de um dos melhores in-ears em fabricação atualmente, mas também provavelmente de um dos melhores fones de ouvido que já ouvi.

 

Unique Melody Mentor – R$3.375,00 universal / R$4.100,00 customizado

  • 10 armaduras balanceadas/crossover de 4 vias
  • Impedância (1kHz): 20 ohms
  • Sensibilidade (1kHz): 112 dB/1mW
  • Resposta de Frequências: 20Hz – 20kHz

 

Equipamentos Associados

Portáteis: iPod Classic, FiiO X3

Mesa: iMac, Abrahamsen V6.0, HeadAmp GS-X, B.M.C PureDAC

17 Comments
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17 Comments

  1. Thiago

    21/02/2014 at 23:40

    Realmente impressionou, aguardo avaliação do Roxanne.

    1. mindtheheadphone

      22/02/2014 at 11:54

      Obrigado, Thiago! A avaliação do Roxanne deve demorar um pouco, mas vai vir! Até lá, teremos alguns posts interessantes 😉

  2. Giuliano

    22/02/2014 at 03:00

    Como de praxe, um ótimo review e parabéns por dedicar um tempo para nós! Que só fui notar agora, sem nenhum custo, nem patrocínio, o que não deve ser tão bom para você, mas muito bom para nós e toda comunidade, que recebemos reviews completos, sem tendencialismo como ocorre em muitos blogs de review mundo à fora…

    Fiquei com algumas duvidas sobre o que poder de um IEM desse nível, segue…

    Médios plásticos… não orgânicos, característicos de armaduras balanceadas, se eu entendi o som tende nessa região ser diferente de um full-size renderiza, algo menos “real” do que você está acostumado, e esse “problema””seria uma característica evidente ou que só um ouvido treinado conseguiria perceber?

    Embalando nessa mesma duvida, como se comporta um IEM desse preço comparado ao um fone Mid-End como um HD600/HE-400/AKG Q/K701, ele tende a soar diferente? Como o palco, detalhamento? Ou chega ser próximo ou superior? Claro que dei exemplos de fones completamente diferentes, mas me refiro a qualidade geral!

    Pois como você disse a grande vantagem é terem o poder dos grandes, sem necessitar grandes equipamentos, porém analisando os gastos que teria com um Mentor e com um Mid-End com seus devidos AMP/DAC o custo fica elas por elas, até mais barato…

    Então gostaria muito de uma opinião se vale gastar isso no Mentor, e a diferença para o modelo custom tende a ter melhoras a não ser pelo isolamento?

    ufa, acho que é só!

    Obrigado Leo!

    1. mindtheheadphone

      22/02/2014 at 12:21

      Olá Giuliano, muito obrigado! Pois é, por enquanto não tenho qualquer ajuda com o site, e tudo sai do meu bolso. É um hobby extremamente prazeroso, e por isso não me importo. É possível que em algum momento eu venha a ter algum banner no site, mas posso te garantir que isso não afetará a imparcialidade das minhas avaliações.

      Sobre os médios plásticos, acho que é uma questão que exige algum treino, e mesmo se estivermos falando de uma pessoa com muita experiência, a impressão se dissolve rapidamente e nos acostumamos à assinatura. Não acho que seja motivo para preocupação.

      Quanto à comparação, acho o seguinte: na grande maioria dos aspectos – extensão, equilíbrio tonal, detalhamento, textura, precisão, transparência e resolução –, o Mentor destrói qualquer fone mid-fi. Ao mesmo tempo, algo muito importante em que in-ears simplesmente não conseguem fazer é apresentar uma imagem expansiva e convincente, e isso é algo que os mid-fi fazem com alguma facilidade, principalmente os AKGs. É um som maior, e isso é muito legal.

      Uma coisa que vc precisa lembrar é que, no final das contas, os mid-fi sairiam mais baratos, porque é possível pareá-los com fonte e amplificação mais simples – como FiiO E17, Schiit Modi e Magni e JDS Labs O2 e ODAC. Em compensação, não têm a portabilidade do Mentor e não atingem seu nível de desempenho em muitos aspectos.

      Por último, sobre custom vs. universal, veja o que escrevi na avaliação:

      “Vale lembrar, também, que parece um consenso que monitores universais não conseguem atingir o desempenho de seus irmãos personalizados – ainda que estejamos falando dos mesmos componentes, parece que a organização deles pode ser mais trabalhada na versão sob medida.”

      Acho que é isso! Não é uma decisão fácil, mas tenho certeza de que qualquer uma das duas te deixaria plenamente satisfeito.

      Um abraço!

  3. Aroldo

    22/02/2014 at 18:48

    Ótimo review, como sempre!

    Já cheguei a cogitar um custom, mas além do preço, tem a chance de dar problemas com conforto/isolamento dos moldes além de que o “fit” pode-se perder com o tempo e ter que refazer o shell.

    Assim que começaram a sair IEM universais tipo IE800, K3003 e alguns outros como o Fitear334 e os 1plus2, fiquei muito interessado, pois teria a chance de ter quase a mesma qualidade ou até equivalente a um custom com um fit universal (isso tirando a parte de conforto e isolamento que os customs sempre vão ter a vantagem a princípio), e mais recentemente os Roxanne e agora a UM com os Mentors!
    Acabei optando por universais para evitar problemas com o “fit”(e gastos com o audiologista, que não saem barato) e gostaria muito de saber o quanto seria o tradeoff por essa escolha.

    Leonardo, por acaso você não tem acesso aos universais do Roxanne para comparação para se ter uma idéia (ainda que subjetiva) de quanto se sai “perdendo” ao se optar por um universal?? hehehe
    Bem egoísta da minha parte, mas seria uma opinião muto válida pra mim, visto que seus reviews são bem honestos/imparciais (IMO) na avaliação desses produtos e não tem as “paixonites” que existem em lugares como o head-fi, nem interesses econômicos por trás.

    Por fim, falta ter a chance de ler um review seu sobre os westone4 e os 1plus2 para ter uma noção melhor de como são os mentors e roxannes! (minhas únicas referências em relação aos seus outros reviews são o do LCD2 e do HD598).

    Estou bem satisfeito com os 1plus2, só os médios poderiam ter um pouco mais de corpo e a construção desses IEMs não reflete muito o preço pago (mas no Brasil, tristemente acaba sendo uma vantagem como vc bem colocou no texto), por isso é sempre bom ter algumas opções na manga… rs

    Obs: infelizmente, nós, no Brasil, precisamos basear nossas compras mtas vezes só em reviews e em comparações entre produtos, daí uma das grandes importâncias deste espaço!! Parabéns!

    abraço, t+!

    1. mindtheheadphone

      23/02/2014 at 01:29

      Olá Aroldo! Primeiro de tudo, muito obrigado.

      Algumas considerações: a perda do fit é algo muito improvável se vc já tem mais de 18 anos, eu não me preocuparia com isso!

      Sobre os universais, é como disse na avaliação: tenho um pé atrás. O Mentor é excelente, mas a experiência que tive com o Sennheiser IE800 não foi tão boa… acho que preferiria um 1plus2 ou um 334 (que são de certa forma versões de customs) a um K3003 e IE800 por exemplo. E um detalhe, os custos com audiologista não são altos não! Os dois moldes que fiz não foram cobrados, e as pessoas que pagaram, disseram que o preço ficou em torno de 100 reais. Os problemas com o fit são uma real possibilidade, mas se vc optasse por um Unique Melody ou Westone, que têm representação no Brasil, o problema seria amenizado. E, no final, aparentemente os customs possuem uma qualidade de som melhor e um maior isolamento, apesar de perderem em muito o valor de revenda e de não poderem ser compartilhados. Há vantagens e desvantagens para cada um.

      Sobre o Roxanne, infelizmente não tenho acesso aos universais… e nem a um W4 ou 1plus2! Adoraria, mas acho que a única pessoa que conheço que tem um 1plus2 é vc, e um W4, ninguém!

      De qualquer forma, acho que quando chegamos numa determinada faixa de preço, fica cada vez mais difícil escolher errado. Todas as opções são muito competentes!

      Um abraço!

      1. Aroldo

        23/02/2014 at 06:11

        Não lembro aonde achei essa informação sobre a perda do fit, tb é verdade que não fui atrás de mais informaçoes para ver se procedia, mas o fato é que acabou me desanimando no final.

        E, olha, pelos audiologistas que consultei (São Paulo – SP) que eram “autorizados” para fazer moldes (não lembro se pela westone, ou alguma outra) o valor girava em torno de 400 reais, pelo que lembro. Daí o comentário do valor ser alto, se não fossem esses poréns(problema do fit e o preço para fazer um molde) acho que tería partido para os customs .

        Quem sabe numa próxima!

        Abraço!

        1. mindtheheadphone

          23/02/2014 at 14:30

          Entendi, Aroldo!

          Mas olha, sobre os moldes, acho esse valor realmente estranho. Vc disse a eles que precisava fazer um molde ou um pré-molde? Pergunto porque são coisas diferentes, e por “molde”, eles geralmente entendem que vc precisa de um molde finalizado, de acrílico, silicone ou o que quer que seja, processado a partir do pré-molde. E o que as fabricantes de customs pedem são, na verdade, esse processo anterior, o pré-molde, que é tirado em menos de 10 minutos. E a questão é que audiologistas normalmente não vão entender que vc só quer esse pré-molde, porque é um pedido inusitado e incomum (a maioria deles nem sabe o que é um fone custom), e estão acostumados a tirar esse pré-molde para que eles mesmos façam os outros passos. Eles não vão entender direito por que motivo vc iria querer apenas um pré-molde, entende? Se eles foram indicados pela Westone pode ser diferente, mas ainda acho surreal cobrar perto de 400 reais para apenas colocar uma massinha no seu ouvido. É um processo ridiculamente rápido e simples. Como te disse, nas duas vezes que fiz, numa Widex aqui do Rio, foi de graça. Também foi assim com um outro amigo meu que fez numa Widex de SP.

          Acho que vale a pena vc ir pessoalmente numa Widex ou Phonak de SP e falar diretamente com o audiologista, mostrando uma foto do pré-molde, e perguntar se eles fariam o serviço. Tenho total certeza de que vão fazer, em menos de 10 minutos, e que o preço não vai passar dos R$100 reais.

          Um abraço!

          1. Aroldo

            23/02/2014 at 19:03

            Corrigindo, chequei no meu e-mail e vi que as clinicas recomendadas para os moldes foram do representante da UM daqui do Brasil. A westone acabou entrando na história pela minha falta de memória.

            Lembro-me que entrei em contato (por e-mail) com as clínicas fornecidas e disse que era para moldes para IEMs customs, e foram então passado os custos.
            Revendo agora, mto provavelmente tenha ocorrido problema de comunicação mesmo (molde em vez de pré-molde. Não sabia desse detalhe técnico).
            Só pensei que, como eram locais indicados para esse fim, eles sabiam o que era preciso ser feito para conseguir os, agora por mim conhecidos, pré-moldes.

            Obrigado pelo esclarecimento sobre esse assunto!

            T+, abraço!

          2. mindtheheadphone

            23/02/2014 at 19:06

            Eu conheço o Filipe da Unique Melody, e acredito que os audiologistas que foram recomendados o foram por serem conceituados, e não por terem experiência com fones custom. Infelizmente, no Brasil, isso é quase inexistente. Por isso, tenho quase certeza que houve esse pequeno ruído de comunicação!

            O ideal é vc levar tudo bem explicado, e aí tenho certeza de que o custo acabará muito baixo.

            Um abraço!

        2. Filipe Nogueira

          27/02/2014 at 16:52

          Aroldo, boa tarde. Rapaz, aqui em Recife os pré-moldes custam R$ 50,00. Também um amigo meu e do Leo fez no RJ e o custo foi de R$ 50,00, tanto que hoje indico esse mesmo audiologista no RJ, pois o molde dele ficou certinho.

          Não tem muito mistério, você tem que procurar um audiologista especializado em aparelhos auditivos sob medida, solicitar a confecção de um pré-molde em liga de silicone de alta viscosidade, e levar pra ele as instruções do fabricante de customs que você escolher.

          Quanto ao fit, quando eventualmente temos problemas, damos garantia de 60 dias de refit grátis. Você só vai precisar refazer seus moldes, e envia-los pra gente, a partir daí, é por nossa conta. Além disso, são raríssimos os casos de fits problemáticos, principalmente quando observados os detalhes da confecção dos moldes.

          É importante você entender o seguinte: o material do pré-molde é ridiculamente barato, então se você em algum momento suspeitar que não ficou 100%, peça pra refazer. Pra complementar, sempre que os moldes chegam aqui pra mim, eu mesmo confiro se estão dentro das especificações, e mando refazer em determinados casos. Assim, reduzimos o risco de seu fone não chegar com o fit correto. Se mesmo depois de “fiscalizado” aqui o seu fit tiver problemas, foi algo no processo de confecção que não foi bem feito, e que afetou, mesmo dentro das especificações, mas pra isso temos a garantia de refit.

          No mais, realmente estranhos esses preços, me lembro que consultei na empresas que te indiquei, e normalmente giravam entre R$ 80,00 e R$ 180,00 a confecção dos pré-moldes, há uns 2 anos atrás. Não creio que a inflação esteja tão grande assim no segmento.

          Qualquer coisa, fique à vontade, abs.

          Filipe

  4. tuan

    05/03/2014 at 19:39

    Aqui em Roraima os moldes foram 50 reais, a audiologista era a maior gata e eu saí satisfeito!

    1. Filipe Nogueira

      06/03/2014 at 16:45

      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  5. Leozírio Fontes Guimarães Neto

    08/04/2014 at 22:54

    As palavras do Leonardo ficam ecoando em minha cabeça, será que os R$1.000,00 que investi no meu Fiio X3, não estaria melhor empregado em adquirir um Mentor ao invés do Miracle. Apesar, de que gosto muito de ouvir flac, comprado junto à HDtracks. Forte abraço.

    1. mindtheheadphone

      11/04/2014 at 18:49

      Olá, Leozírio!

      Com muita certeza um Mentor aliado a algo como um iPod Classic (ou até coisa pior) seria superior a um Miracle com um FiiO X3. A importância do player é bem menor!

      Um abraço!

  6. rodrigo damasceno

    25/07/2015 at 18:46

    Como esses fones se comparam ao se846?

  7. James Sunderland

    15/08/2018 at 11:06

    Olá Leonardo! Vou tentar a sorte aqui porque não consigo muitas informações na Internet. Como diria o “Jack” vamos por partes:

    1-Com base na sua análise, adquiri o Mentor v2 customizado (processo demorado) e estranhei bastante a assinatura do som dele. A pergunta é a seguinte: qual DAC portátil você me recomendaria para usar com o Mentor v2?

    2-Não sei te dizer com precisão se o som que ouvi até hoje dos meus outros fones (headphone e in ear) foram todos ruins mas com o mentor o som é muito “brilhante” e destoa muito do que estou acostumado a ouvir. A outra pergunta é: o som do Mentor v2 é assim mesmo ou será que estou usando ele de maneira errada?

    3-Para tentar ser mais claro com relação ao som vou tentar descrever o que percebi até agora (faz 8 dias que estou usando ele).
    a) usando ele no computador + DAC USB portátil (Fiio E17K Alpen 2), o som ficou muito bom porém brilhante, mais puxado para os médios + agudos e os graves ficaram quase ausentes.
    b) usando ele no smartphone (HTC 10), som brilhante também, os graves não tem a pegada (punch) igual meu fone de US$50.

    4-Com relação ao isolamento, o Mentor v2 deixou a desejar, não que ele não isole nada, mas perde muito para um fone que usa silicone. Por ser um modelo customizado ele é todo em acrílico e não usa as conhecidas almofadinhas de silicone ou espuma. O encaixe no canal ficou certinho sem incômodo mas o selamento não ficou legal, não sei se é assim mesmo ou um problema.

    Ufa que texto longo, lamento acho que me empolguei demais…hehe No mais gostaria de parabenizar-te pelo blog e o canal no Youtube (sou inscrito), desejar-te muito sucesso e que continue com esse trabalho primoroso!.

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