Lotoo PAW Gold

INTRODUÇÃO

Em minha opinião, não há dúvidas: o antigo HiFiMAN HM-801 abriu as portas para uma nova categoria, a de players high-end. A quantidade de novos entrantes nesse jogo é impressionante: parece que a cada mês um DAP novo aparece. E boa parte deles vem da China, de marcas obscuras que aparecem e logo vão embora sem deixar nenhuma marca – são poucas as que conseguem sair desse limbo.

Mas uma das que saiu é a Lotoo, com seu PAW Gold, que conseguiu relativa fama no Head-fi por, aparentemente, conseguir brigar com os melhores DAPs disponíveis no mercado. Uma questão interessante é que a Lotoo não é uma fabricante tão obscura assim – ela produz diversos equipamentos para gravação e é uma OEM (original equipment manufacturer) para a sofisticadíssima marca suíça Nagra.

O PAW Gold é seu aparelho mais sofisticado: um DAP de aproximadamente 1.600 dólares. É o que tenho para avaliação aqui.

 

ASPECTOS FÍSICOS E FUNCIONALIDADES

IMG_7970A embalagem – e a experiência de abrí-la – faz com que os 1.600 dólares sejam um pouco mais palatáveis. É bastante luxuosa, e compõe um evento. Mas não há exatamente uma fartura de acessórios: apenas uma bolsa de tecido para transporte e um cabo USB 3.0, além dos manuais.

Já o PAW Gold em si é um player com um formato bastante antiquado – se eu o visse e não soubesse o que era, diria que é um aparelho da década de 90 – e se soubesse que é um mp3 player, provavelmente acharia que é do início dos anos 2000. Apenas o logotipo do formato queridinho dos audiófilos atualmente, DSD, dá um indicativo de que se trata de um DAP moderno.

Pelas fotos, ele aparenta ser maior do que é – o Lotoo é relativamente compacto, apesar de ser grosso e consideravelmente pesado. No entanto, esse peso se dá pela construção quase inteiramente em metal. Definitivamente não é o equipamento mais bonito que já vi, mas é muitíssimo bem construído e transmite solidez e segurança.

Na parte da frente há a tela – de 1.8 polegadas, que é colorida mas possui baixíssima resolução, apenas 160×128 – protegida por um vidro de safira; o botão circular de navegação (que é de fato folheado a ouro 24K); o de ligar e desligar; e os que comandam outras funções triviais, como File, List, Setup, ATE/PMEQ (Acoustic Timbre Embellisher e Equalizador) e Function, que possui função configurável. Na parte superior do player podemos encontrar o switch de ganho, com duas posições, a função Hold, a saída de fones, o Line Out (que pode ter saída fixa ou variável) e o botão de volume, que possui um peso bastante agradável. Do lado esquerdo há uma entrada USB 3.0 e a DC 12V/1A para carregamento – sim, ele não é carregado via USB, o que em minha opinião é um inconveniente. Na parte de baixo, há somente a entrada para cartões SDHC e SDXC, uma boa escolha por parte da empresa. Atualmente, esse formato está disponível com capacidades até 512Gb, mas em tese o PAW Gold suporta até 2TB – ou seja, muito além do atual limite de 200Gb dos cartões microSD.

IMG_7971O sistema operacional do Lotoo se chama Infomedia, e é bem primitivo em termos de interface e navegação porém cumpre seu papel. Parece algo da década de 90, mas sinceramente, é rápido, simples e relativamente intuitivo. Não demorei para me acostumar a ele, e minhas únicas reclamações ficam por conta da rudimentaridade da navegação – se você tiver muitos arquivos, pode ser um pouco chato, apesar de o sistema ser extremamente rápido para atualizar o banco de dados – e do equalizador paramétrico (PMEQ), que não possui qualquer interface gráfica. Por isso, não é nem um pouco fácil ou intuitivo mexer com ele.

Dito isso, ele merece aplausos porque fornece um nível impressionante de controle: existem quatro filtros, e em cada um é possível escolher a frequência central exata, o ganho (até ±10dB), o tipo de filtro (LPF, low pass filter; LSF, low shelf filter; HSF, high shelf filter; e HPF, high pass filter), e o valor Q da frequência central.

Existem algumas outras funções bem interessantes no sistema, como por exemplo uma seção que dá conselhos específicos sobre como se comportar com relação à bateria naquele momento – ou seja, se é melhor carregar normalmente ou se está na hora de realizar um ciclo completo –, teste de velocidade do cartão SD e a possibilidade de controlar a saída do Line Out. 

Haver um Line Out é uma boa notícia se você quiser adicionar um amplificador externo, mas uma das minhas maiores decepções com o Lotoo é que ele não funciona como DAC para um transporte externo. Essa é uma função que naturalmente associo a players high-end e que aprecio muito, já que basta ligá-los a um computador que tenho acesso a um acervo virtualmente infinito de músicas. Com o PAW Gold, infelizmente, fico restrito ao que está em seu cartão de memória.

IMG_7969Já em termos de formatos de arquivos, esse DAP está mais ou menos de acordo com o que se espera nessa categoria. Ele toca basicamente qualquer coisa: FLAC, ALAC, DSD, DFF, WAV, WMA, OGG, CUE, APE, MP3 e até mesmo ISOs de SACDs. Mas digo mais ou menos porque há um formato que ficou de fora, o AIFF. Para mim não faz diferença, porque não tenho nada nesse formato, mas sei que para o dono dessa unidade, faz. Em termos de taxa de amostragem de PCM, ele aguenta até 384kHz. Já DSD são aceitos em 2.8MHz e 5.6MHz. A conversão fica a cargo de um chip TI PCM1792, uma escolha interessante numa época em que os ESS Sabre são cada vez mais a escolha padrão.

Com relação à bateria, não tenho reclamações: ela tem capacidade de 6.000mAh e a duração declarada é de 11 horas, o que para mim não é fenomenal mas está dentro da média de players do tipo e é o suficiente.

 

O SOM

Como já comentei em algumas situações, acredito que a diferença entre players (mesmo entre os comuns e os considerados high-end) costuma ser bastante sutil – muito menor do que os relatos que lemos na internet nos fazem crer. Existem benefícios em termos de funcionalidade – maior memória, possibilidade de uso como DAC externo e suporte a um maior número de formatos de arquivos são exemplos – e de capacidade de empurrar fones mais exigentes, mas no que diz respeito a pura qualidade sonora com fones que não exigem muito (como in-ears), encontrei poucos casos em que achei que o investimento extra realmente valia a pena.

4E, mesmo quando achei, como no Calyx M e no FiiO X5 aliado ao HeadAmp pico Slim, ainda classifico as diferenças como detalhes; mas são detalhes que podem mudar consideravelmente uma percepção. Por exemplo, o que mais apreciei no Calyx M em relação ao iPod Classic foi sua maior tridimensionalidade, mas um iniciante ou um não-entusiasta dificilmente ouviria a diferença claramente – é apenas um pequeno detalhe, e não uma diferença noite-e-dia. Entretanto, comparando os dois lado a lado, esse pequeno detalhe pode ser mais um ajuste num sofisticado sistema, e algo que muda consideravelmente a percepção de um ouvinte que busca a perfeição.

Devo começar dizendo que o PAW Gold definitivamente se encaixa na segunda categoria: a diferença para players comuns é notável, e o coloca, no mínimo, no patamar do Calyx M e do FiiO X5 aliado ao pico Slim.

Comparando-o ao Sony Xperia Z3, o aparelho com o qual mais tenho ouvido música atualmente, a diferença é o que eu chamaria, nesse cenário, de considerável. O Lotoo apresenta uma sonoridade um pouco mais cheia porém, ao mesmo tempo, notavelmente mais transparente, sendo também mais detalhado. Com a Little Numbers, do duo Boy, a impressão é literalmente de que posso ouvir mais. A instrumentação é mais evidente e mais desenvolvida, de certa forma. 

Parece haver extensão e presença ligeiramente maior nos agudos. Essa, em especial, é uma daquelas diferenças que muda tudo: com o Roxanne, em diversas situações o resultado é significativamente mais realista. Parece haver uma oitava a mais no extremo superior. Na Botogá, do Criolo, isso fica evidente. Passando do Lotoo para o celular, é como se um pedaço da música se perdesse e ela se tornasse mais abafada.

IMG_7961Nos graves, uma situação semelhante acontece, mas em menor proporção: o PAW Gold parece apresentar um pouco mais de desenvoltura em regiões extremamente baixas (como nos graves da Truant, do Burial), com graves com um pouco mais de vontade, mas aqui a diferença é muito mais sutil.

E com relação à espacialidade, encontro algo parecido com o que vi com o Calyx M – talvez seja a área em que o Lotoo traz seus maiores benefícios. A comparação com o Z3 é curiosa: é como se, em comparação com o PAW Gold, ele apresentasse um crossfeed permanente, mas não de forma positiva. Ou seja, ele mostra uma imagem mais central e “pequena”, focada na frente do ouvinte. O Lotoo, de alguma forma, é significativamente mais envolvente. Na Quiet Nights da Diana Krall, a voz assume uma posição central e toda a banda parece circundar o ouvinte, e não estar um pouco para os lados da cantora, como ocorre com o smartphone. 

Quando comparo o PAW Gold ao iPod Classic as diferenças diminuem um pouco, mas de modo geral se mantém. Ele continua se mostrando mais transparente e mais refinado, com uma renderização consideravelmente mais realista e detalhista das regiões mais altas. É muito difícil colocar isso em palavras, mas um exemplo é como na música Frankie, do Club des Belugas, o prato de condução é mais evidente e mais definido. É mais fácil ouví-lo; no DAP da Apple, a impressão é que ele está um pouco perdido no meio do resto dos instrumentos. Não é só que o Lotoo tem mais extensão nos agudos, eles são literalmente mais definidos. Há mais espaço entre o que é apresentado nessa região. No iPod Classic, tudo é mais nebuloso, por assim dizer.

É a mesma impressão que tenho com relação ao que ambos apresentam em termos de espacialidade: o iPod é mais achatado, e o PAW Gold mostra um espaço mais tridimensional, que se estende mais para os lados, com maior profundidade e mais arejamento.

IMG_7962Sua personalidade é diferente do que lembro ter ouvido do Calyx M – este último apresentava vários dos benefícios que ouço aqui, principalmente com relação à espacialidade melhor desenvolvida, mas era também um player com uma sonoridade mais quente e eufônica, o que em alguns casos não é o ideal. O Lotoo mostra os mesmos upgrades técnicos, mas com uma tonalidade que, aos meus ouvidos, me parece mais neutra.

Ao colocá-lo ao lado do FiiO X5, ainda é claro para os meus ouvidos que o Lotoo é superior. O X5 é mais fechado, e para os meus ouvidos falta um pouco de extensão, definição e presença no extremo superior do espectro – e é justamente nessa região que o PAW Gold brilha, literalmente. Já quando pareio X5 ao HeadAmp pico Slim, vejo uma disputa muito mais acirrada, e torna-se difícil distinguir os dois. Porém, acho que ainda coloco o Lotoo um pouco na frente porque ouço nele uma transição um pouco melhor dos médios aos agudos – no X5 com o pico, parece haver um ligeiro vale nos médio-agudos quando os comparo ao PAW Gold. Mas, vejam, estou falando de diferenças extremamente pequenas que acredito que ouço, mas que certamente não notaria com um intervalo um pouco maior entre as audições, e definitivamente não detectaria num teste cego controlado. No que diz respeito à espacialidade, não noto diferenças.

Agora, a uma função que merece elogios à parte: o equalizador, que é sem sombra de dúvidas o melhor que já vi num player portátil. Sei que muitos audiófilos torcem o nariz para isso mas, sinto lhes informar, é um artifício amplamente usado por músicos e engenheiros de som – e como não há transdutor perfeito, não vejo problema em usar um equalizador para corrigir a resposta de frequência de um fone ou caixa, contanto que ele seja devidamente transparente e que forneça um bom nível de controle. E, felizmente, são justamente essas duas características que o equalizador do PAW Gold oferece.

IMG_7950Não fiquei tanto tempo brincando com equalizador por não ter tanto tempo, mas para o Roxanne criei um Preset com um filtro que adiciona 5dB aos 1.300Hz com Q 1.0 e outro que adiciona 9dB aos 10.000Hz, também com Q 1.0. Para o Xtreme ONE, modifiquei um pouco esse Preset, adicionando um novo filtro, que aos 80Hz adiciona 3dB com Q 0.5. Gostei muito do resultado com ambos os fones. No ONE, em especial, essa carência de extensão nas últimas oitavas é algo que me incomoda (uma das pouquíssimas coisas das quais sinto falta nesse fone). E o equalizador do PAW Gold simplesmente resolve o problema. É um daqueles casos em que fica difícil voltar para o original.

Em termos de potência, definitivamente não tenho reclamações: o PAW Gold tem folga para empurrar todos os meus fones com o pé nas costas, incluindo o HD800. Não há tanta desenvoltura quanto o meu sistema de mesa, é claro – que é mais linear e transparente e tira graves com mais pegada do Sennheiser –, mas o Lotoo é surpreendentemente competente. E, mais uma vez, basta chamar o equalizador que o HD800 pode se tornar um verdadeiro monstro nos graves – de bater o pé com Disclosure.

Também testei o Lotoo PAW Gold como fonte, alimentando o GS-X pelo Line Out e o comparando ao FiiO X5 exercendo a mesma função. E devo ser sincero: não consigo ouvir diferença entre os dois. Eles são, para os meus ouvidos, idênticos. E, comparado ao Yulong D100 sendo alimentado pelo Mac Pro como transporte, a única diferença são graves ligeiramente mais cheios no Lotoo e um volume de saída mais alto no DAP – apesar de ele estar alimentando o HeadAmp em single-ended. Para deixar ambos no mesmo nível, tive de ativar o Line-Out variável no DAP e diminuir um ponto no controle de volume.

 

CONCLUSÕES

IMG_7948O Lotoo PAW Gold assume o topo da lista dos players que já pude ouvir em termos de pura qualidade sonora.

Lembro do quanto fiquei impressionado com o Calyx M quando o testei, principalmente pelo ganho em tridimensionalidade e espacialidade em relação aos tocadores comuns que tinha, como o iPod Classic. No entanto, sua personalidade mais calorosa e eufônica, apesar de muito interessante, poderia não ser bem vinda em todos os momentos e com todos os fones. O que o Lotoo faz é, de certa forma, apresentar os mesmos benefícios, porém com uma tonalidade mais neutra e que, no final das contas, me soa mais refinada e realista. E, para completar, a duração de sua bateria é muito maior e ele é bem mais compacto e conveniente. E, apesar de sua interface ser bastante primitiva e nem de perto tão bonita quanto a do Calyx, ele não sofre com os mesmos engasgos. Minha maior reclamação fica por conta de ele não atuar como DAC externo, o que é uma pena num tocador dessa estirpe.

Ele me pareceu notavelmente mais competente que o iPod Classic, o Xperia Z3 e o FiiO X5, principalmente nas regiões mais altas, que é onde o Lotoo mais mostra desenvoltura – mas não achem que se trata de um tocador com muitos agudos. Esse definitivamente não é o caso. Considero sua tonalidade excepcionalmente equilibrada, e a questão é que o extremo superior do espectro é renderizado com um detalhamento e uma competência acima do normal. Apenas quando adiciono o HeadAmp pico Slim ao FiiO X5 o embate se torna mais disputado, mas não sei até que ponto a comparação é justa visto que, nesse caso, estou comparando um DAP a um conjunto (menos conveniente) de player de alto nível e amplificador de alto nível, ainda que o preço seja mais baixo.

Confesso que hoje em dia não contemplo mais um player do tipo, já que procuro mais do que apenas qualidade de som num equipamento como esse. Por exemplo, não vivo mais sem o Spotify – mas para os audiófilos que buscam simplesmente um tocador portátil que ofereça pura qualidade de som, encontrarão no Lotoo PAW Gold uma das melhores opções disponíveis no mercado.

Lotoo PAW Gold – US$1.600

  • Sistema Operacional: Infomedia
  • Bateria: 11 horas
  • Dimensões: 104 x 60 x 25.4mm
  • Peso: 280g
  • Formatos de áudio suportados: ALAC, FLAC, WAV, DFF/DSF(2.8MHz e 5.6MHz), WMA, CUE, APE, AAC, MP3, MP4, M4A, OGG, ISO @ 44.1, 88.2, 176.4, 352.8, 48, 96, 192 & 384kHz & 16, 24 & 32 Bits
  • Memória: slot SDHC/SDXC
  • Potência de Saída: 500mW @32Ω
  • THD+N: 0.00058% @1kHz (20Hz-20kHz)
  • SNR: 120dB (20Hz-20kHz)
  • Crosstalk: -119dB
  • Line-Out: 2V RMS, +9dBu
  • Tela: OLED 1.8″ 160×128 Pixels

 

Equipamentos Associados:

In-Ears: JH Audio Roxanne, Xtreme Ears Xtreme ONE

Full-Sizes: Audio-Technica W3000ANV, Grado HP1000, Sennheiser HD800 e HD600

Set de Mesa: HeadAmp GS-X

34 Comments
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34 Comments

  1. Cassiano Arantes

    20/01/2016 at 04:37

    Mais uma ótima review para a coleção, sr. Drummond! Realmente fiquei curioso pra ouvir o equalizador desse player, uma vez que todos os outros aparelhos (baratos) em que eu usei equalizadores, o som perdia muita qualidade. Estou pesquisando custos-benefício em matéria de dacs portáteis, amps portáteis e players, pois recentemente adquiri um HD600 (aliás, o que me motivou a comprar o Sennheiser foi a sua avaliação do mesmo, o que te agradeço muito, pois minha satisfação com a compra não poderia ser maior!) e sei que o fone vai se beneficiar de algo melhor do que o meu pc com a famosa Realtek. By the way, pergunto: porque não há uma review exclusiva do Fiio X5, sendo que voce o utiliza? É por ele talvez ser muito parecido com o X3? Pelo menos eu não encontrei tal review. Abraços, continue com o ótimo trabalho! E parabéns por disponibilizar de forma gratuita informações tão detalhadas e em português pra nós brasileiros que estamos começando a torrar dinheiro com o hobby. XD

    1. Mind The Headphone

      26/01/2016 at 13:53

      Olá Cassiano, obrigado!

      Pois é, acabei nunca fazendo um review do X5… olha, até acho que ele pode ser uma boa pedida para o HD600 sim, e se vc adicionar um amplificador externo – como o E12 – na jogada, a coisa fica mais interessante ainda. Acho sim que um sistema de mesa pode te dar um resultado mais legal, como o par Schiit Modi e Magni ou Vali, por exemplo, mas se vc realmente quiser ter mobilidade, um X5 pode ser o suficiente.

      Um abraço!

      1. Cassiano Arantes

        27/01/2016 at 01:37

        Agradeço o esclarecimento!

  2. Alan Ramos Fernandes

    26/01/2016 at 22:05

    LEONARDO EU TENHO EXATAMENTE UM X5 COM E12 E ,ACHO O CONJUNTO FANTÁSTICO
    ,ME LEMBRO BEM DO SEU REVIEW SOBRE O FIIO X3 ,APARELHO QUE JÁ TIVE
    TAMBÉM.DEPOIS DE TER USADO ESSES 2 APARELHOS NÃO CONSIGO MAIS OUVIR
    MUSICA EM SMARTPHONES ,OLHA QUE TENHO UM HTC M9 . TALVEZ SEJA UMA
    IMPRESSÃO EXAGERADA MINHA ,MAS SINTO UMA DIFERENÇA MUITO CONSIDERÁVEL
    ENTRE OS APARELHOS DA FIIO QUE JÁ USEI E APARELHOS CELULARES E PLAYERS
    COMUNS .PARABÉNS PELO SITE .

  3. Diogo Lemos

    24/02/2016 at 23:36

    Cara
    achei o seu site simplesmente fantástico. O encontrei hoje por acaso,
    enquanto navegava por sites em inglês tentando encontrar um “in ear” com
    uma pegada neutra como o meu antigo rock it sound R-50 que foi roubado
    de dentro da gaveta da minha mesa em meu local de trabalho … 🙁 Para
    acompanhar o fone pretendo comprar um X3 de segunda geração. Não sei se
    posso me considerar um audiófilo, mas devido a uma formação musical que
    tive entre os 15 e 28 anos (estudei violino), desenvolvi o que alguns chamam de ouvido
    relativo, assim consigo perceber nuances no som que outras pessoas
    normalmente não conseguem. Gostaria de sua opinião se o X3 de segunda
    geração junto com um Hifiman RE400 (indicação sua) está bom para
    começar? Gostaria de saber também se a diferença entre o X3 e o Xperia
    Z3 em termos de qualidade sonora é muito diferente. Penso que um
    diferencial do X3ii seria a possibilidade de tocar arquivos dsd, coisa
    que o Z3 não permite. Grande abraço.

    1. Mind The Headphone

      26/02/2016 at 15:56

      Olá Diogo, muito obrigado!

      Uma coisa que não entendi bem e que pode mudar tudo: vc já tem o RE400 e quer saber se vale a pena comprar um X3 ao invés de usar um Xperia Z3 que vc já tem? Ou vc pretende comprar o RE400 e o X3?

      Um abraço!

      1. Vitor

        26/02/2016 at 16:28

        Ele pretende comprar o X3 e o RE400, tanto que no começo do texto ele fala que estava pesquisando pela internet um fone in-ear neutro porque o dele foi roubado no trabalho. E o player ele disse que também esta pensando em comprar (no caso o X3)

        1. Diogo Lemos

          27/02/2016 at 12:48

          Exatamente isso Vitor 😉

      2. Diogo Lemos

        27/02/2016 at 12:48

        É exatamente o que o nosso amigo Vitor escreveu abaixo. Eu pretendo comprar o X3 de 2ª geração junto com o RE400 (este último recomendado por você aqui no site). E eu queria saber se a clareza/qualidade do audio do X3 é muito superior ao do Xperia Z3 ou se são semelhantes. Pq pretendo comprar um sony Z3 também e, se a qualidade dele for similiar ao do X3, pode ser que eu compre só o X3.

        P.S: Me amarrando em fazer parte dessa comunidade… heheheh

        1. Mind The Headphone

          27/02/2016 at 20:17

          Diogo, nesse caso, não recomendo a compra de um player. Por mais que um X3 seja sim superior a um Xperia Z3 (celular que uso, aliás), ele custa 200 dólares. E o Cowon que o Vitor recomendou é pior ainda, e sai por 250. Em minha opinião, no seu caso, essa compra não faria o menor sentido.

          Seria infinitamente, mas infinitamente MESMO, mais interessante – e te daria um resultado absurdamente superior – vc pegar um fone de 350 dólares (que é o que vc investiria no Cowon + o RE400) e usar com o Z3 do que ficar com o RE400 e um player de 250 dólares 🙂

          Por exemplo, há o DUNU DN-2000 ou o Logitech UE900. Pelo que leio, são algumas das melhores opções nessa faixa de preço, e ao que tudo indica formariam um ótimo par com o Xperia Z3!

          1. Diogo Lemos

            28/02/2016 at 01:25

            Leonardo, muito obrigado pela resposta. Olha, não estou questionando o seu conhecimento. Estou de fato adorando a discussão.
            Mas realmente um celular como o Z3 ou um Galaxy S5/S6 poderiam oferecer uma qualidade de audio superior com um fone superior, a ponto de ultrapassarem a qualidade de um player de audio dedicado como o X3? Pelo que eu entendi, nesse caso, os players de audio HD seriam irrelevantes. Bastaria para tanto comprar um fone de ouvido super TOP. Mas eu nunca li nada a respeito. Pelo que você falou, ficou nas entrelinhas que não é o dispositivo que dita a qualidade do audio, mas sim o fone de ouvido. É isso que você quer dizer?

          2. Mind The Headphone

            28/02/2016 at 01:41

            Diogo, em primeiro lugar, recomendo a vc ler a seção Audiofilia Portátil do Guia Definitivo que lancei, aqui: https://issuu.com/leonardop.drummond/docs/guia_mth/1?e=7836453/31708616
            Nesse texto, explico em maiores detalhes as questões que envolvem sistemas portáteis.

            Mas vamos lá, resumindo usando como base sua resposta:

            “Mas realmente um celular como o Z3 ou um Galaxy S5/S6 poderiam oferecer uma qualidade de audio superior com um fone superior, a ponto de ultrapassarem a qualidade de um player de audio dedicado como o X3?”

            Com TODA certeza. A verdade é que, na vasta maioria dos casos, o fone de ouvido é responsável por 90% do resultado do que se ouve. Amplificação e fonte estão um longo caminho atrás, e a média dos aparelhos comuns hoje em dia já é muito boa. A maioria dos celulares, como iPhones e bons aparelhos Android, como os Galaxys, os LGs topo de linha e os Xperia já são capazes de fornecer uma ótima qualidade de som. Os players portáteis high-end trazem sim benefícios, mas pode ter certeza, eles geralmente são muito sensíveis e não chegam PERTO do incremento de qualidade que um fone de ouvido vai trazer. A diferença entre um Xperia Z3 e um FiiO X3 é muito pequena. A diferença entre um HiFiMAN RE400 e um Ultimate Ears UE900 é gigantesca.

            “Pelo que eu entendi, nesse caso, os players de audio HD seriam irrelevantes. Bastaria para tanto comprar um fone de ouvido super TOP.”

            Também não é assim, porque existem fones que são mais exigentes em termos de amplificação, como muitos headphones circunaurais de alta impedância e baixa sensibilidade. Para eles, é necessário amplificação dedicada. A potência dos celulares não é suficiente, e é aí que entram equipamentos dedicados de mesa ou então, para os que querem levá-los por aí, players portáteis high-end.

            Mas pra in-ears, sim, a potência será irrelevante. Só que, pra eles, os players podem ser usados como uma forma de extrair mais desempenho de um IEM definitivo. Por exemplo, você pode já ter chegado ao melhor in-ear que pode desejar, como um JH Audio Layla ou um 64Ears A12, e quer tirar a última gota de performance dele. Um player de altíssimo nível, como um Lotoo PAW Gold, vai fazer justamente isso. Mas um JH Layla num Xperia Z3 será muito melhor do que um JH11, por exemplo, no melhor player do mundo, entendeu?

            Outra situação em que os players high-end fazem sentido é quando as funcionalidades extra são desejadas – por exemplo, a capacidade de eles atuarem como DACs e amplificadores para um notebook, por exemplo. Isso é algo que um celular não faz.

            “Pelo que você falou, ficou nas entrelinhas que não é o dispositivo que dita a qualidade do audio, mas sim o fone de ouvido. É isso que você quer dizer?”

            Sim. No caso de intra-auriculares, em particular, NO MÍNIMO DO MÍNIMO 90% dela! 🙂

          3. Diogo Lemos

            28/02/2016 at 19:59

            Olha, realmente faz todo o sentido! E isso me dá mais segurança pra comprar os dispositivos certos. Acho que não ficou claro, mas eu ainda não tenho o Z3 então, basicamente, eu queria saber se valia a pena realmente comprar o X3, pq se o desempenho do fone com o X3 fosse muito superior, eu iria compra-lo e compraria um celular de um modelo mais simples. Mas realmente queria evitar essa situação pois não queria ficar andando na rua com celular em um bolso e player de audio em outro. Seria muito chato. Obrigado Leonardo! Sem palavras para te agradecer pelas dicas. Ganhou mais um fiel leitor para o Mindtheheadphone, pra mim o melhor site brasileiro do segmento. Agora vou ler o seu Guia Definitivo. E se eu tiver alguma dúvida já senti que tenho a liberdade para perguntar e, melhor ainda, sei que serei respondido por você e pelos demais amigos que nos acompanham.

          4. Diogo Lemos

            29/02/2016 at 03:54

            Gostaria ainda de aproveita a atenção de vocês para fazer uma pergunta. Nunca tive um headphone, mas acho o conforto inigualável, pois os in ears machucam um pouco meu canal auditivo. Então pergunto a vocês. Existe algum headphone que não seja muito grande e ofereça uma excelente qualidade de áudio, nessa faixa de preço (até 1000 reais) sem a necessidade um amplificador?

          5. Mind The Headphone

            29/02/2016 at 14:04

            Rapaz, vc até consegue sim, principalmente se puder importar, mas aí eu não sei se o Z3 seria uma opção das melhores – ele é muito pouco potente. E vc também teria que tomar cuidado com os impostos, o melhor seria trazer de uma viagem.

            De toda forma, algumas boas opções são o NAD Viso HP50, o Audio Technica ATH-MSR7 e o Sennheiser HD 25-1 II.

          6. Diogo Lemos

            01/03/2016 at 10:46

            Leonardo. Qualquer um desses celulares medianos ou tops de linha: z3, z5, note 3 ou 5, galaxy s5 ou s6, oferecem uma qualidade audio semelhante? Fiquei sabendo que o HTC one M9 é o que oferece melhor qualidade de audio entre todos os celulares. E eu esqueci de falar, mas tenho um sansa clip+ que nem vende mais, a qualidade de áudio dele é igual a desses celulares ou pior? Pq se for igual, talvez nem compense em comprar o celular e sim comprar um fone melhor ainda.

          7. Mind The Headphone

            18/03/2016 at 13:08

            Sim, Diogo! Acho que qualquer um desses vai ser bem satisfatório. E sim, o Clip+ vai ser equivalente!

          8. Mind The Headphone

            29/02/2016 at 13:59

            Ah, entendi, Diogo! De toda forma, a ideia se mantém: um bom celular já vai te entregar o que vc precisa 🙂

            Uma coisa: temos um fórum também! Acho que vc iria gostar de participar. É acessível ali pelo Menu superior!

          9. Athos

            28/02/2016 at 19:42

            Diogo, concordo 100% com o Leonardo. Pegar um player no seu caso agora vai ser literalmente um desperdício de dinheiro. Invista tudo que iria gastar apenas em um fone, que o resultado será superior.
            Eu possuo um Fiio X3 II. Ele toca melhor que um celular? Sim, mas não é uma diferença gritante. E não o comprei apenas por causa disso, mas também pelas outras funcionalidades que o player possui. E não se preocupe tanto se o arquivo é Flac ou DSD. Um belo mp3 à 320kbps já é indistinguível dos outros, e vai lhe economizar espaço de memória.
            Como o Leo já falou, vou lhe indicar bons fones nessa faixa de preço: UE900s (evolução do ue900), ATH-IM03 (ou 04), Dunu DN2000, Fidue A83.

          10. Diogo Lemos

            28/02/2016 at 20:21

            Leonardo, muito obrigado pela atenção também. Vou dar uma olhada nos fones pelo ebay. Tem algum outro site que eu posso comprar que entregam no Brasil?

          11. Diogo Lemos

            01/03/2016 at 10:37

            Athos muito obrigado pelas dicas. Dei uma olhada neles e algo me diz que iria gostar muito desse Dunu. rsrsrs

          12. Athos

            01/03/2016 at 13:02

            Cara, tem tmb o DN-1000 que possui uma assinatura com bastante graves e o DN-2000j, com agudos mais presentes que as demais frequências. Pelos gráficos, o DN-2000 é mais equilibrado do que os dois, então vai do gosto do ouvinte.

        2. Vitor

          27/02/2016 at 20:44

          Então, a vantagem do player dedicado sobre o celular seria a duração de bateria pois os smartphones como tem varias funções dura em media somente um dia enquanto o Cowon Plenue D3 dura 100h com MP3 e 50h com FLAC. Claro que com a grana do player + fone daria para comprar um único fone melhor como o Leo falou. Mas ai você tem que pesar o que você acha melhor.

          1. Diogo Lemos

            28/02/2016 at 01:26

            Então Vitor, eu não sei o que é melhor. O que eu sei é que eu quero um áudio com a melhor definição (ou resolução?) possível. Coisa que eu não posso julgar porque não conto com os equipamentos para avaliar.

          2. Mind The Headphone

            28/02/2016 at 01:42

            Mas vc precisa de um player que dure 100 horas? Se o celular dura um dia (e o Z3 dura) e vc vai carregá-lo durante a noite todo dia de qualquer forma, não serve? 😉

          3. Vitor

            28/02/2016 at 02:50

            Preciso. Ainda mais porque qualquer coisa mais pesada que rode no celular como vídeos e jogos ja faz consumir mais bateria do celular e durar metade do tempo normal. O meu celular (Lumia 820) dura 1 dia se só usar ele para algumas ligações, ler uns emails e acessar de leve o whatsapp (só usando wi-fi, porque se for 3G…). Mas o que mais consome mesmo são os jogos… Fui viciar em um e fudeu com a duração de bateria, carrego pelo menos 2x por dia. Odeio com todas as minhas forças ficar preso a uma tomada por causa de duração de bateria (saudades do meu Nokia antigo que durava mais de 1 semana sem ir para a tomada).

          4. Mind The Headphone

            28/02/2016 at 03:02

            Pô, então pega isso aqui! http://www.amazon.com/Upgraded-Capacity-RAVPower-16750mAh-Technology/dp/B00MQSMEEE/ref=sr_1_6?ie=UTF8&qid=1456628353&sr=8-6&keywords=portable+charger

            Hahahaha resolvido, vc vai ter o fone melhor e seu desempenho, sem precisar gastar uma fortuna no player, e vai poder recarregar o celular umas 5 vezes, te dando a bateria que vc aprecia do DAP! 🙂

          5. Vitor

            28/02/2016 at 11:25

            Sim, vai sobrar mais dinheiro nesse caso mesmo para investir mais no fone. Porem vai perder no fator portabilidade nesse caso pois a pessoa teria que carregar o celular + bateria que tem o tamanho de um FiiO 12 (com a diferença que a bateria é bem mais pesada) no bolso (mesma coisa de ter um player dedicado + celular no bolso).

          6. Mind The Headphone

            28/02/2016 at 12:40

            É, mas aí é isso, dá no mesmo que ter um celular e um player, são dois aparelhos da mesma forma – com a vantagem de que, no caso do celular e do carregador portátil, vc só vai usar o carregador quando precisar carregar o telefone. No caso do player, precisaria ficar com os dois no bolso sempre que quiser ouvir música.

            Vitor, de qualquer forma, eu não estou querendo dizer que um player portátil nunca é a melhor escolha – vc pode preferí-lo e não há nada de errado nisso. Por muito tempo, também preferi.

            Só que o Diogo, pelo que estou percebendo, quer uma coisa só pelo dinheiro dele: melhor desempenho sonoro possível com um in-ear. E nesse caso, é simplesmente incontestável que a melhor forma de atingir esse objetivo é comprando o melhor fone possível e usando no Z3 que ele já tem, sem se preocupar com um player portátil. E nessa troca com vc, estou tentando mostrar que mesmo alguns dos possíveis problemas apresentados pelo celular (digo possíveis porque a bateria não é um problema no meu caso com o meu Z3), como a duração da bateria, podem ser contornados. Entendeu?

          7. Vitor

            28/02/2016 at 12:57

            Entendi…

    2. Vitor

      26/02/2016 at 17:02

      Diogo, eu daria uma boa olhada no player Cowon Plenue D. Muita gente esta falando bem dele no tópico do fórum Head-fi. Eu pessoalmente acho que ele compensa mais que o FiiO X3 II.

      1. Diogo Lemos

        27/02/2016 at 12:44

        Vitor vc poderia me dizer onde encontrá-lo (ebay?) e onde ele seria melhor que o X3 ii?

        1. Vitor

          27/02/2016 at 12:53

          Diogo, eu li sobre ele no tópico do Head-fi onde estão postando as impressões sobre o player e falaram que é melhor que o X3 II (pessoas que já tiveram ele e inclusive outros player também), recomendo a leitura dele mesmo que seja usando o Google tradutor para entender. Você pode achar o player para comprar no ebay e aqui também (lugar mais barato que achei onde o pessoal la do head-fi indicou): Eric, achei um lugar mais barato para comprar o Cowon: http://mg.gmarket.co.kr/item?goodscode=746496624

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