Smartphones e o fim do conector P2

O que há algum tempo começou como um rumor sobre o iPhone 7 e causou um grande debate no mundo da tecnologia já parece estar se tornando realidade. Tanto a Motorola quanto a fabricante chinesa LeEco recentemente lançaram smartphones sem a onipresente saída TRS 3.5 mm para fones de ouvido, conhecida no Brasil como P2. E começaram a aparecer mock-ups do próximo smartphone da Apple sem o tradicional conector. Isso significa que, para ouvir música, você vai precisar ou de um fone bluetooth ou de um com USB-C no caso dos aparelhos Android ou Lightning quando o iPhone 7 finalmente for lançado.

Minha primeira reação foi de pura revolta, afinal isso certamente trará sérios inconvenientes. O  principal é a compatibilidade: o conector TRS é um padrão há décadas, e a vasta maioria dos fones do mercado o utiliza. Ele é universal. Você compra um fone sabendo que poderá utilizá-lo com basicamente qualquer coisa que toca música. Na pior das hipóteses, você pode ter algum tipo de incompatibilidade com o tamanho – P2 vs. P10 – mas, ainda nesses casos, a solução é bem simples.

iPhone 7?

iPhone 7?

Já com fones USB-C ou, principalmente, Lightning, a história é outra. A lista de equipamentos compatíveis é consideravelmente menor. Smartphone, notebook, alguns tocadores portáteis… e só. Se você comprou um fone com conector Lighning, está escravo dos iPhones e iPads. Da mesma maneira, se comprou um fone USB-C, não poderá usá-lo com esses aparelhos da Apple sem um adaptador. E, pelo menos por enquanto, esqueça usá-los com receivers, amplificadores de fones ou qualquer outro equipamento menos “inteligente”.

Isso causará uma forte fragmentação no mercado. Hoje, é possível dizer que vemos apenas “fones de ouvido” ou, no máximo, “fones de ouvido sem fio”. No futuro, as categorias podem se multiplicar e tornar a escolha bem mais difícil.

Os fones de ouvido com conectores TRS, é claro, não deixarão de existir. Mas usá-los em nossos smartphones exigirá um adaptador – que por enquanto, ao que tudo indica, pelo menos será incluso nos smartphones sem a tradicional saída. No caso dos iDevices esse adaptador deverá conter um DAC e amplificador, visto que a conexão Lightning é puramente digital. No caso do USB-C a situação é um pouco melhor, já que essa conexão troca dados analógicos, então imagino ser possível construir um simples adaptador e continuar delegando a função de conversão digital-analógica e amplificação ao celular. Mas, ainda assim, precisaremos de um adaptador a mais que, inevitavelmente, será menos conveniente do que simplesmente plugar o fone diretamente no smartphone. Fora que não poderemos carregar o celular e ouvir música ao mesmo tempo.

Essas são complexidades e problemas que não existem hoje – sair do paradigma atual, simples e direto, não será fácil. A grande questão é: para quê? Qual a vantagem?

Moto Z Force

Moto Z Force

Inicialmente, pensei que o objetivo era simplesmente tornar os celulares mais finos, afinal o conector TRS é arcaico e relativamente grande. Mas esse argumento não me convence: seria uma estupidez criar toda essa inconveniência simplesmente para deixar os celulares, que já são bem esguios, ainda mais finos – sendo que, hoje, considero inegável que o calcanhar de Aquiles desse tipo de aparelho está na bateria. Tenho certeza que a vasta maioria dos usuários preferiria um aparelho alguns milímetros mais gordo mas que durasse um dia e meio ou dois sem ter que pedir arrego para a tomada.

Mas li alguns artigos que me fizeram enxergar tudo isso de uma forma um pouco diferente. A questão é a seguinte: a partir do momento em que há uma conexão digital entre seu smartphone e um fone de ouvido, isso abre um leque gigantesco de possibilidades. O fone certamente passará a ser muito mais do que apenas um equipamento que reproduz música – da mesma forma que o celular é, hoje, bem mais do que um aparelho que faz ligações. É claro que não é razoável pensar numa revolução tão grandiosa quanto à do telefone portátil, mas não é exagero imaginar que fones possam passar a ter sensores de batimentos cardíacos e temperatura, possibilidades muito mais robustas de equalização e manipulação sonora, formas mais complexas de controlar seu smartphone remotamente, etc.

E sei que, com esses exemplos, só estou arranhando a superfície. Pense que fones se tornarão equipamentos inteligentes, que estarão conectados a um celular, que atualmente nada mais é do que um computador já bastante robusto. Imagine o que os dois poderão fazer juntos. Pense no que será possível.

Isso me lembra um pouco o Parrot Zik. Ele ilustra o que pode ser feito nessas circunstâncias, afinal, a conexão Lightning ou USB-C nada mais é do que, assim como o Bluetooth, uma conexão digital, só que com fios. Fiquei encantado com os Parrots porque eles, além de serem muito bonitos e terem uma ótima qualidade sonora, são extremamente high-tech e cheios de funções interessantíssimas. Por exemplo, com o aplicativo, é possível desenhar a curva de resposta de frequência que você deseja que o fone tenha, ligar ou desligar o cancelamento ativo de ruídos, baixar definições criadas por artistas e outros usuários… além disso, seu lado direito é basicamente um touchpad, que permite que você aumente o volume e controle as faixas; ele pausa automaticamente quando você o tira dos ouvidos; e, para completar, é possível controlar seu celular remotamente por voz.

Parrot Zik 2.0

Parrot Zik 2.0

Nesse momento, você pode se perguntar: “se isso já é possível, então por que é que as marcas têm que tirar o conector e me fazer passar por esse inconveniente? Não quero nada disso!”, e entendo perfeitamente o motivo. No entanto, é necessário lembrar que a Parrot é apenas uma marca que resolveu fazer diferente. Quantos outros fones assim você conhece? Quando as fabricantes de smartphones – especialmente uma da envergadura da Apple – decidem em conjunto abandonar um conector, elas automaticamente forçam a indústria a se movimentar. A adotar o padrão digital e a entrar nessa nova era. É evidente que, até lá, será uma mudança difícil, e que trará inconvenientes pelo caminho – assim como quando o disquete e o CD-ROM começaram a desaparecer.

Porém, ao contrário de antes, por mais que saiba que essa mudança vem a um custo, acho que valerá a pena. Será muito interessante ver o que vai acontecer e o que fones de ouvido se tornarão.

Para nós, audiófilos tradicionais e saudosistas que buscam apenas qualidade sonora, teremos que usar um simples adaptador – um pequeno inconveniente diante do tamanho do que quase certamente vamos ver acontecer com a indústria dos fones. E quantos de nós já usam DACs e amplificadores externos ou tocadores dedicados de qualquer forma? Nossos fones sofisticados que oferecem qualidade de som em sua forma mais pura certamente não vão a lugar nenhum. E não vamos ter que deixar de usá-los. Só talvez seja um pouquinho mais complicado. Não nos esqueçamos: somos uma fatia muito pequena do mercado.

Já aqueles que não puderem pagar pelos fones mais avançados que virão, poderão continuar com os mais simples, que com toda a certeza continuarão a existir – e que poderão ser usados com os adaptadores que, pelo menos por enquanto, aparentemente serão incluídos nos aparelhos.

Mas para muitas pessoas, acredito que veremos grandes mudanças, e para melhor. Estou realmente curioso com o que está por vir.

41 Comments
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41 Comments

  1. Marcondes

    06/08/2016 at 17:00

    Muito bom, tenho que concordar com as possiblidades novas que podem ser bem interessantes.
    A princípio só tava vendo o inconveniente, valeu por me abrir os olhos.
    Só uma pequena correção, Leo:
    “a conexão Lightning ou USB-C nada mais é do que, assim como o Bluetooth, uma conexão digital, só que COM fios.”

    1. Mind The Headphone

      06/08/2016 at 23:37

      Obrigado, Rafael! Tanto pelo comentário quanto pela correção 😉

  2. ThiagoV

    07/08/2016 at 00:24

    Na real, eu não me importo com a possível futura morte do 3.5mm em celulares, a tendência para quem gosta de áudio é migrar para serviços de streaming, isso é fato, para audiófilos que prezam a qualidade eu vejo claramente que vão ter ótimas opções nos flagships, outra tendência são os modulares como no caso do LG G5 com o módulo da B&O, que deve ser algo mais comum em um futuro próximo ainda mais em modelos sem o 3.5mm.

    Sobre a questão do empurrão na industria, renovação e o fone a passar ser algo como “Smart headphones” é um caminho natural, mas assim como no caso dos smartwatches esses recursos extras acabam ficando de enfeite se não bem implementados.

    Eu gostaria de ver no futuro esse empurrão ser refletido nas gravadoras e elas investindo mais em lançar versões binaurais de álbuns como no excelente caso do álbum e faixa “Amber Rubarth — Tundra”, você consegue tirar muito mais suco dos fones com essa tecnologia, do que invenções por meio de DSP, se EQ que é uma ferramenta fantástica os audiófilos já sentem arrepios em tocar o nome (acho que até cansei de ler reviews aqui e imaginar quantos defeitos citados poderiam ser amenizados ou melhorados com um simples EQ), sinceramente não vejo nada de bom que possa sair disso se a indústria tentar se reinventar por esse lado, mas acho -espero- que não irá tomar esse rumo.

    No mais continuo otimista que nem você, valeu pelo texto!

    1. Mind The Headphone

      19/08/2016 at 00:20

      Pois é, Thiago!

      E quanto à equalização, concordo plenamente – audiófilos geralmente têm aversão a isso por em teoria ser algo que afeta a “pureza” da reprodução, mas se esquecem que, durante gravações e mixagens, equalização é massivamente utilizada. E não há nenhum problema em usar esse artifício para consertar problemas no fone de ouvido, afinal não existe fone de ouvido perfeito.

      No entanto, minha função como avaliador é reportar como um fone é, e não como ele poderia ser com algum artifício.

      Um abraço!

      1. ThiagoV

        27/08/2016 at 09:17

        Perfeito.

        Apesar que avaliadores como Tyll já fazem um tópico extra sobre EQ e sua sugestão pessoal em suas análises recentes como um paralelo, usando no caso o EQuilibrium (inclusive aprovado pelo engenheiro de áudio e também escritor do Innerfidelity Bob Katz).

        Apesar que hoje em dia, já enxergo os audiófilos de fora menos conservadores nesse quesito, mais em fóruns como HTforum eu vejo um rage mais explicito, assim por dizer… lol.

        Abraços!

        1. Mind The Headphone

          02/09/2016 at 17:29

          Sim, tenho visto, e inclusive adoraria testar – mas é muito caro!

          Um abraço!

  3. felipe moraes

    07/08/2016 at 11:49

    Leo, é meio offtopic, mas queria saber se já teve oportunidade de testar o TMA-2 da Aiaiai. Queria saber sua opinião sobre ….abs

    1. Mind The Headphone

      19/08/2016 at 00:26

      Olá Felipe, infelizmente não! Abraço!

      1. felipe moraes

        30/03/2017 at 13:53

        Então, estou com um em casa que está até anunciado no ML. Se quiser posso deixar contigo para fazer um review quando for ver o Disco no escritório da Kuba. Só não vou conseguir deixar muito tempo se conseguir vender. Abs

        1. Mind The Headphone

          08/04/2017 at 20:15

          Opa, legal cara! Pô, se vc estiver com ele ainda, vou achar ótimo sim! Seria legal pra comparar, inclusive!

  4. TheZondaS

    07/08/2016 at 15:23

    Nunca pensei na possibilidade de existir mais razões por trás da morte do P2 que não fosse deixar mais fino… Esse texto realmente abriu meus olhos. Provavelmente não vou aderir à essa nova geração de headphones ($$$), mas será interessante ver o que a indústria cria.

    1. Mind The Headphone

      19/08/2016 at 00:27

      Pois é, eu também não estava pensando nisso, mas alguns textos levantaram essas possibilidades e me fizeram mudar de ideia!

  5. Mark Ferrosa

    11/08/2016 at 03:45

    A apple parece estar no caminho certo. No innerfidelity há uma matéria onde mostra aumento na venda de fones sem fio e uma queda proporcional na venda de fones com fio. Isso me lembra também o possível futuro próximo mostrado no filme “Her”. É a era dos hearables que está chegando.

    1. Mind The Headphone

      19/08/2016 at 00:27

      Pois é, Mark! Mas mesmo com fio, usando uma conexão digital as possibilidades são bem interessantes.

  6. Leonardo Lúcio

    18/08/2016 at 18:41

    Olá Leonardo, boa tarde! Sei que é bem off topic isso, porém se puder ajudar agradeço. Eu quero adquirir um fone de ouvido que custe até 500 reais, porém nessa faixa de preço existem milhares de modelos, então gostaria que me ajudasse nessa escolha, apesar de não saber se você tem experiência com fones de baixo custo, porém toda ajuda é super bem vinda, e agradeço desde já!
    Não tenho muita experiência com fones, usei poucos, porém já sei que prefiro os over-ear, por serem mais confortáveis e não machucar as orelhas. Quanto a ser aberto ou fechado não tenho muita opinião, e a última ressalva é que gosto de graves, e gostaria de nota-los quando estiver ouvindo minhas músicas, que no geral é rock, sertanejo, eletronica.

    1. Mind The Headphone

      19/08/2016 at 00:27

      Olá Leonardo, já te respondi no outro comentário.

      Um abraço!

      1. Leonardo Lúcio

        19/08/2016 at 02:20

        Obrigado pela atenção e indicação!

  7. Akinaga

    27/08/2016 at 13:08

    Você tocou num ponto muito importante, a evolução e as possibilidades. Sendo um usuário comum, me importo mais com a praticidade do que com a qualidade do som dos fones, não que eu goste de fone ruim, mas o ponto que eu quero chegar é que usar um fone de ouvido sem fio é muito, mas muito prático, alguns podem falar que é chato ter que carregar as baterias do fone, mas se eu já faço isso com o meu celular todos os duas, não vejo como um grande problema. O problema real é o quão mais caro são os fones de ouvido sem fio, mas isso talvez seja um problema temporário, pois como você mesmo disse, a Apple e outras empresas do ramo estão forçando o mercado a se mexer, e já que os fones com fio estão perdendo espaço para os sem fio, estes devem deixar de ter um sobrepreço tão grande por uma funcionalidade que será algo comum a médio prazo (assim espero). Na rua ou praticando esporte, fones com fio nunca mais! Ótimo texto Leonardo, abraço.

    1. Mind The Headphone

      02/09/2016 at 17:29

      Olá Akinaga,

      Obrigado pelo comentário!

      Um abraço!

  8. Felipe

    07/09/2016 at 22:04

    Olá!

    Curto o seu site e gostaria de te perguntar uma coisa. Tenho um headphone Fostex TH900 que parou de funcionar do lado direito. Sabe o que pode ser e como resolver? To um pouco desesperado por ser um fone de alto custo e não saber sobre a possibilidade de conserto. =/

    Obrigado!

    1. Mind The Headphone

      10/09/2016 at 16:30

      Olá, Felipe!

      Imagino que seja algum problema no cabo. Você é de São Paulo? Se for, dê um pulo na Eletrônica Yashi, e fale com o Marcos Jun. Ele resolve esse tipo de problema.

      Um abraço!

  9. Lucas Gabriel

    12/09/2016 at 21:15

    Olá!

    Primeiramente parabéns pelo site, e por ajudar/tirar dúvidas
    dos amigos que te procuram.

    Eu venho cogitando há um tempo comprar um headphone que tenha
    uma boa qualidade de áudio. Depois de ter uma experiência de comparação de
    ouvir uma musica mp3 no computador (sem um equipamento de boa qualidade), e
    depois ouvir a mesma musica direto de um cd com um fone de qualidade
    relativamente alta, eu passei a dar mais valor a equipamentos com maior
    fidelidade de áudio. Eu pesquisei um pouco e os fones que eu mais gostei foram esses:

    Superlux hd681

    Philips SHL3210

    Philips SHL3260

    Sennheiser HD201

    Sennheiser HD202-II

    AKG Perception K44

    AKG K511

    Eu prezo por um fone com um som mais aberto (sem aqueles
    graves absurdos), que seja possível ouvir graves, médios e agudos de uma forma
    equilibrada, e que dê pra ouvir os detalhes das musicas. Irei usa-lo em casa,
    pra ouvir musica. Eu sou um pouco eclético, escuto umas coisas tipo Hotline Bling,
    Hotel California, Sia, Belchior, Black Sabbath, David Bowie, Kansas, Raul
    Seixas, etc.

    Desses fones citados, você pode me indicar algum que se
    adeque ao meu tipo de uso? Se quiser indicar outro na mesma faixa de preço e
    que seja possível comprar aqui no Brasil pode ficar à vontade.

    Obrigado!

    1. Mind The Headphone

      14/09/2016 at 13:57

      Olá Lucas, obrigado!

      O Sennheiser HD201 é o mais equilibrado, apesar de ser o mais “sem graça”; o HD202-II é mais energético; e o HD681 é um dos melhores fones em sua faixa de preço, apesar de não ser equilibrado por ter agudos bem pra frente e sub-graves mais fortes. Entre os três, vai do seu gosto. São todos muito bons.

      Um abraço!

  10. Ygor Nascimento

    17/09/2016 at 01:25

    Parabéns pelo Post! Compartilhamos do mesmo pensamento!

  11. Wiley Marques

    22/09/2016 at 16:24

    A JBL lançou (não sei se faz pouco tempo) um in-ear que já dá uma amostra do que podemos esperar por aí.

    http://www.jbl.com/new-speakers/REFLECT+AWARE+C.html

    Pela conexão USB-C, usa o próprio celular para fazer o cancelamento de ruído, não precisando de bateria própria.
    As coisas começaram a ficar interessantes.

    1. Mind The Headphone

      12/10/2016 at 13:55

      Pois é, Wiley! Recentemente foi lançado o Audez’e iSine também, já viu? Com equalização por DSP no próprio telefone. Bem interessante.

      Um abraço!

      1. Wiley Marques

        12/10/2016 at 17:28

        A única parte ruim é esperar esses modelos chegarem no Brasil.

        1. Mind The Headphone

          18/10/2016 at 12:55

          É, isso vai demorar… mas aqui chega pouca coisa de qualquer forma, o jeito é importar! É o que nós hobbistas já fazemos.

  12. Adão

    02/10/2016 at 07:03

    Amigo, enquanto a boa velha p2 ainda não esta morta, qual in ear vc recomenda pra uso no celular?
    Tenho um Piston 2 (que amo) e ha algum tempo penso num upgrade. Porém, uma coisa tem me incomodado… que é a limitação do smartphone (galaxy s7), pois ainda não quero investir num dac/amp portátil por conta da praticidade. Eu não quero investir num fone que o aparelho não va conseguir extrair tudo que ele oferece
    Tendo isso em vista, quais opção vc me indica?

    1. Mind The Headphone

      12/10/2016 at 13:56

      Olá, Adão!

      Depende do quanto vc quer gastar. Dê uma olhada no tópico de indicações do nosso fórum!

      Um abraço!

  13. Erick Onório

    04/11/2016 at 15:06

    Leonardo, boa tarde. Para a função de equalizador, qual aparelho você me indica dentre esses dois: Fiio Q1 ou Fiio E11k?

    1. Mind The Headphone

      06/11/2016 at 14:17

      Olá Erick,

      Ambos possuem apenas um bass boost, não sei bem de que forma eles atuam – mas acho que um pelo outro, tanto faz. Agora, o E11K (atual A3) é um amplificador “de mesa”, então é consideravelmente mais potente.

      Um abraço!

  14. ochateador

    15/11/2016 at 01:34

    O duro de usar um adaptador Leonardo, é que eles colocam um obstáculo a mais no caminho e podem prejudicar a transmissão…

    E uma coisa embutida nos USB-C e Lightningé que as fabricantes podem barrar alguma coisa não permitida por elas (exemplo, passar música comprada em meios não-oficiais para ouvir no celular não será possível, pois o celular pode barrar a transmissão do áudio). E isso não é falado por nenhuma fabricante….

    1. Mind The Headphone

      15/11/2016 at 12:48

      ochateador, esse adaptador nada mais é do que um DAC (e amplificador), e desde que seja de mínima qualidade, não haverá problemas. Pense que é algo que audiófilos mais engajados já fazem com seus celulares com aparelhos como Oppo HA-2, FiiO E18 e semelhantes. É exatamente a mesma coisa.

      Sobre barrar transmissões não permitidas, não vejo bem como o fone pode mudar alguma coisa. Veja, estamos falando sobre fones conectados digitalmente a um smartphone, então se alguém quisesse bloquear alguma coisa, o mais lógico seria bloquea-las no próprio smartphone, onde isso é muito mais fácil e já teria sido feito há muito tempo fosse essa a intenção. O fone ser digital é irrelevante nessa história.

      Inclusive, já vimos tentativas de proteções em arquivos com DRM, e sabemos como o mercado reagiu. Não deu nada certo. Por exemplo, até 2009 todas as músicas do iTunes apresentavam DRM, mas após esse ano passaram a vir sem. Isso é um forte indicativo de que a indústria não vê mais muito sentido nessa proteção.

      Sinceramente, não vejo motivos para temer em termos gerais – tendo fones como estopim então… pra mim, pelo menos, não faz sentido!

      Um abraço!

  15. Felipe Piz

    24/11/2016 at 05:19

    Excelente artigo, não tinha parado para pensar nas possibilidades de um conectar digital. Não apenas o conteúdo foi bom, como também seu Português é excelente, dá pra ver que foi aluno do CSA kkkkkk
    Abraçao
    Felipe Drummond

    1. Mind The Headphone

      26/11/2016 at 14:26

      Opa, olha ele! Hahaha tem que ser, né??

      Ainda rolam uns deslizes de vez em quando, mas faz parte…

      Abração!!

  16. Leo Lemos

    08/01/2017 at 00:43

    olá “xará” 😀
    parabéns pelo site, cheguei até aqui procurando por informações sobre um fone da JBL (JBL T450BT, ehh sou pobrinho 😀 e como conheço a marca desde menino e sei a qualidade dela, acredito que mesmo custando R$ 300,00 pelo site oficial deverá entregar uma qualidade de áudio bastante satisfatória pelo valor, bem melhor que muito fone bem mais caro por ai), anyway depois que li sua análise sobre o JBL E40BT resolvi “passear” pelo site. porrrannn muita coisa legal aqui, artigos bem escritos, informações técnicas de “verdade” do tipo que foi escrita por quem realmente entende do assunto e não por “entendidos” sobre tal.

    site adicionado aos favoritos, lista de leitura e Top Sites do Safari 😀

    mais uma vez, parabéns pelos textos e pelo site. você merece tal elogio 😀

    aproveitando o texto gostaria de informar um “pequeno” erro no código do seu site, erro relacionado a barra de menus acima (CSS). Dependendo do tamanho da janela usada (você usa o macOS sabe bem o que estou falando) a barra de navegação cobre quase 30% do topo do navegador (safari, chome, etc…) o que atrapalha bastante a navegação (postarei 2 prints para vc entender). Fica a dica 😀

    agora sobre você gostar dessa área (Áudio e afins) deve ser algo relacionado com o nome, pois minha infância e tudo que aprendi sobre áudio/vídeo/eletrônica foi adquirida durante a minha infância, que foi praticamente passada dentro da loja do meu tio (na época era referência na região, tipo a Juão Som de Ribeirão Preto/SP) que entre tantas coisas aprendidas, visitei a https://uploads.disquscdn.com/images/6fb524b59d9362fb03c790e195c62ec8150709cdaea3cd0509697cbed6918825.png https://uploads.disquscdn.com/images/25c343de690b400b4bf3e69003e27c4c5a86216b3895152b5e720a95920f2b51.png fábrica da Selenium, onde ganhei de um engenheiro um programa em DOS para cálculo/confecção de caixas de som, imagina um menino de 12 anos com isso na mão, eu era quase um Deus na minha cidade 😀 entre outras coisas. e conheço outros Leonardo’s entusiasta no assunto…

    vai saber 😀

    no mais, saúde, paz e prosperidade.
    e continue com o ótimo trabalho aqui

  17. Leo Lemos

    08/01/2017 at 00:52

    putz… comecei a escrever e pra variar me perdi no assunto.
    bom sobre a “morte” do p2, acredito que a idéia seja “forçar” o uso do wireless, pelo menos no mercado de smartphones/players. tipo quando ela matou o disquete e depois o drive de CD.

    se analizar bem, não faz sentido ter um celular minimalista (leia-se fino) que pode ser colocado até mesmo dentro do bolso da calça sem fazer volume e saindo dele fios, que sujam, quebram e tem vida própria (eu ainda tenho a caixinha do meu fone do 5S, mas elas tendem a sumir).

    além de ser o que falaste, usando a saída digital abre-se um enorme leque de opções, vide os AirPods, que dentro deles tem até um processador, sensores e tal), coisa que com uma saída analógica seria impossível.

    bom é só uma opinião 😀
    abraços

  18. Guilherme Borges Cunha

    12/02/2018 at 15:09

    Gostei muito do artigo e, apesar de concordar nos benefícios que as conexões digitais podem trazer, pode ser que a intenção da Apple não tenha nada a ver com espessura do aparelho e nem com novas tecnologias. Não lembro onde foi, mas li um artigo falando sobre como isso pode uma estratégia pra Apple monopolizar e alavancar sua plataforma de pagamentos, o Apple Pay. Explico: muitos comerciantes, principalmente taxistas nos EUA (lembrando que os EUA é o principal mercado da Apple) utilizam adaptadores para leitura de cartão de crédito que usam a entrada 3,5mm pra transmissão de dados. Removendo a conexão 3,5mm, os utilizadores dessas ferramentas não têm outra opção se não usar algo com o conector Lightning. Além do mais, como muito bem lembrado pelo excelente canal do Youtube Jerry Rig Everything, o conector Lightning é uma patente da Apple. Isto é, se eu quero desenvolver um produto que utiliza conexão Lightning, eu preciso pagar royalties à Apple. Sacou a jogada?

    1. Leonardo Drummond

      13/02/2018 at 12:10

      Guilherme, sentido faz… mas se for isso mesmo, vai ser muito triste!

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